COMBATE AO MOSQUITO

Mutirões de limpeza já recolheram 90 toneladas de lixo em Uberaba

Rafaella Massa
Publicado em 26/05/2024 às 17:23Atualizado em 27/05/2024 às 08:13
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Em apenas cinco meses, o mutirão de limpeza do Departamento de Zoonoses e Endemias já recolheu 90 toneladas de materiais passíveis de abrigar focos do mosquito da dengue. O reflexo do trabalho dos agentes de endemias é visto no LIRAa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti), que apresentou queda no mês de maio. 

De acordo com o departamento, no ciclo - realizado a cada dois meses - foram visitadas cerca de 200 mil residências, das quais 55% foram trabalhadas. Ao programa Pingo do J, da Rádio JM, o chefe de Vigilância em Saúde, Matheus Assumpção, atribuiu os resultados positivos ao aumento no número de agentes de endemias. 

“Um dos fatores mais importantes com relação a isso é o aumento expressivo da quantidade de agentes de combate a endemias que estão circulando pela cidade. Nesse período dos últimos anos, conseguimos elevar de forma muito expressiva a quantidade de agentes, justamente para fazer as visitas, aumentar o número de imóveis visitados, aumentar nosso percentual, levar informação, conhecimento e fazer a prevenção junto à população”, afirma. 

Apesar do reflexo positivo, a Seção de Controle de Endemias trabalha agora nas ações que deverão ser reforçadas para o controle vetorial do Aedes aegypti em Uberaba, principalmente nas regiões de maior risco. Matheus explica que durante as visitas dos agentes, são identificados os itens com maior incidência de focos do Aedes. 

“No Morada das Fontes, por exemplo, o predominante é o classificado como B, que são os depósitos móveis: vaso de planta, bebedor de animal, tudo isso é avaliado e divulgado. A gente identifica bairro a bairro qual é a predominância de recipiente para gerar aquele índice”, explica. 

Entre os bairros com maior índice de infestação estão Jardim Santa Clara (14,29%), São Cristóvão (11,76%), Jardim São Bento (11,11%), Residencial Tancredo Neves (10,34%) e Recreio dos Bandeirantes (9,80%). A maior incidência de focos segue sendo nos depósitos móveis, como vasos de planta, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, fontes ornamentais e objetos religiosos/rituais. 

Também são encontrados focos em depósitos fixos como calhas, lajes, ralos, sanitários em desuso, tanques de depósitos de obras, dentre outros. Além disso, os focos são encontrados em poças de água em diversos tipos de lixo, como sacolas plásticas, garrafas vazias, cascas de ovo, caixas de leite, ferro-velho, recicladoras e entulhos.

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