O prefeito Anderson Adauto (PMDB) encerrou ontem parte da novela em que se transformou a licitação do transporte coletivo. Depois de quatro anos de processo, AA assinou
O prefeito Anderson Adauto (PMDB) encerrou ontem parte da novela em que se transformou a licitação do transporte coletivo. Depois de quatro anos de processo, AA assinou o primeiro contrato com uma das empresas vencedoras da licitação.
A empresa Líder, que vai explorar 50% do sistema, com o Lote B, começa a operar na cidade no dia 13 de setembro. Ela será responsável por 19 das 38 linhas do sistema e irá operar com 64 ônibus.
Num prazo de oito meses após a assinatura do contrato, as empresas se obrigam a instalar 100 abrigos, sendo 50 de responsabilidade de cada uma.
Quanto à segunda empresa, a Transmil, que irá operar no Lote A, corre contra o tempo para apresentar a documentação necessária e se manter na cidade. Ela tem até o dia 20 de agosto para se habilitar à assinatura do contrato. Caso contrário, será convocada a segunda colocada, a Piracicabana.
O prefeito já fala em reajuste de tarifa, mas prefere não adiantar percentual, para não criar expectativas. “Os cálculos já estão sendo feitos”, afirma Adauto, lembrando que há dois anos não se reajusta o valor da tarifa na cidade. Para ele, será um reajuste natural, de recomposição, como da última vez, quando a tarifa passou de R$ 1,70 para R$ 1,90. Ele acredita que até o fim de agosto os valores serão repassados para as empresas.
Adauto revela ainda que será criado um fundo para melhoria do sistema. De acordo com ele, a Prefeitura não vai bancar mais investimentos, como o de monitoramento e bilhetagem. “O próprio sistema é que passará a custear e isso será ressarcido via tarifa”, afirma.
Alunos do Proeti também terão passe-livre no horário das atividades. Mas, segundo o prefeito, isso não irá impactar a tarifa. “Será algo mais a ser oferecido pelo Município e pelas empresas à sociedade carente”, afirma o superintendente de Trânsito e Transportes, Antônio Coelho de Almeida.
Feliz. AA se dizia duplamente feliz. Primeiro, por ter efetivamente acabado com o monopólio na cidade. Uma façanha que, segundo ele, nenhum outro prefeito conseguiu fazer. Segundo, porque o promotor André Tuma promoveu o arquivamento de inquérito civil instaurado em razão de representação formulada pela Acobe, a associação dos usuários de transporte coletivo urbano.
O diretor da empresa Líder, André Barsan, representou a empresa juntamente com seus advogados. Ele assinou o contrato e saiu em seguida, evitando a imprensa.
Participaram da solenidade de assinatura do contrato, secretários, assessores diretos e representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Uberaba.