Um jovem de 19 anos procurou a Polícia Militar alegando constrangimento sofrido dentro de um supermercado de Uberaba. De acordo com o relato aos militares, ele se sentiu constrangido ao ser abordado por funcionário que o acusou de ter colocado um objeto dentro da blusa de frio. Contudo, o furto não se confirmou. Ao Jornal da Manhã, o supermercado justificou que a abordagem foi feita de forma fundada, respeitosa e reservada.
O caso aconteceu no fim de maio e o registro policial foi feito posteriormente em uma base comunitária. À Polícia Militar, o jovem afirmou ter sido abordado por funcionário do supermercado de forma constrangedora. Segundo o relato, ele e um amigo estavam no local comprando mantimentos para uma viagem com um clube esportivo de Uberaba.
De acordo com o boletim, após finalizarem as compras e ainda dentro do supermercado, os dois jovens teriam sido abordados por um funcionário, que pediu que aguardassem. A justificativa era de que uma funcionária do monitoramento havia observado, pelas câmeras de segurança, um dos jovens colocando algo na blusa. Um deles, que foi o foco da abordagem, teria imediatamente levantado a blusa e se colocado à disposição para qualquer verificação.
Ainda de acordo com o boletim, ambos foram levados até a sala da administração, onde visualizaram as imagens do circuito interno. As gravações mostraram o jovem apenas colocando a mão no bolso da blusa, sem evidência de que tivesse escondido algum produto. Após a verificação, os dois foram liberados. Dias depois, ao retornarem da viagem com a equipe esportiva, o rapaz e o amigo procuraram base da Polícia Militar para relatarem o que ocorreu.
Procurado pela reportagem do JM, o supermercado afirmou que a abordagem foi fundamentada, realizada de forma reservada e com respeito aos consumidores. A empresa informou que segue rigorosos protocolos internos e que a conduta da equipe está de acordo com a legislação vigente, incluindo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que permite abordagens em casos de fundada suspeita, desde que feitas com discrição e respeito à dignidade da pessoa. O supermercado ainda declarou que todo o procedimento foi filmado e documentado, e que as imagens estão disponíveis para eventual apuração por autoridades competentes.