Cansados, moradores reclamam pela terceira vez de terrenos abandonados na Leopoldino

Mesmo após sucessivas denúncias, a situação de abandono de dois terrenos na avenida Leopoldino de Oliveira, que se estendem até a rua dos Andradas, continua sem solução. Esta já é a terceira reclamação enviada ao Jornal da Manhã em um mês. Moradores relatam mato alto, descarte irregular e sensação de insegurança. Segundo a Prefeitura de Uberaba, os terrenos pertencem a proprietários diferentes, ambos já notificados e multados pelo Departamento de Posturas. Ainda assim, nenhuma providência foi tomada até o momento, e os moradores seguem cobrando uma resposta efetiva do poder público. 

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Reincidente e “camuflado”, terreno na Leopoldino continua coberto pelo mato

A última autuação foi registrada no início de maio, com prazo de 30 dias para os responsáveis realizarem a limpeza. No entanto, o tempo já expirou e, até agora, nenhuma providência foi tomada pelos donos. “A multa por descumprimento é de meia Unidade Fiscal do Município (UFM), o que equivale a R$209,19 por cada 100 metros quadrados do terreno. Em casos de reincidência, o valor da multa é dobrado”, informou o órgão público. 

Entretanto, ouvintes da Rádio JM, mais uma vez, cobraram uma ação por parte do poder público. Eles alegam que a situação coloca a segurança e a saúde da comunidade em risco, devido ao surgimento de animais peçonhentos e à presença de usuários de drogas, que se aproveitam da vegetação alta para se esconder. 

Diante das novas reclamações, a reportagem questionou o Departamento de Posturas sobre a possibilidade de a própria administração municipal realizar a limpeza dos lotes, com posterior cobrança das despesas aos proprietários, como já ocorreu em outras situações na cidade. No entanto, a pasta disse apenas que "não realiza a limpeza de terrenos particulares", sem detalhar se a política de atuação mudou ou se essa negativa vale para todos os casos. 

A reportagem também pediu esclarecimentos sobre o que acontece quando os donos seguem descumprindo as notificações, acumulando multas sem resolver o problema. Contudo, os questionamentos não foram respondidos até o momento e a vizinhança continua sofrendo com a inércia tanto dos proprietários quanto do poder público. Enquanto isso, as autuações se acumulam, juntamente com o mato, que continua crescendo.