ATAQUE

Enxame de abelhas mata três cães na zona rural de Uberaba

Os animais, da raça fila-brasileiro, chegaram a ser resgatados pelo caseiro, que tentou espantar os insetos com a produção de fogo em chácara vizinha

Rafaella Massa
Publicado em 05/06/2024 às 14:22Atualizado em 05/06/2024 às 18:56
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Os cães chegaram a ser resgatados pelo caseiro que cuida da chácara, já que a proprietária não estava em casa no momento do ataque (Foto/Divulgação)

Os cães chegaram a ser resgatados pelo caseiro que cuida da chácara, já que a proprietária não estava em casa no momento do ataque (Foto/Divulgação)

Um trágico incidente abalou a zona rural de São Basílio nesta segunda-feira (03), quando um enxame de abelhas atacou e matou três cães. De acordo com relatos ao Jornal da Manhã, uma das moradoras da área, que prefere não ser identificada, contou que seus cães foram os principais alvos dos insetos. 

Os cachorros da raça fila brasileiro chegaram a ser resgatados pelo caseiro que cuida da chácara, já que a proprietária não estava em casa no momento do ataque. Para espantar as abelhas, foi necessário atear fogo em um local próximo. 

"A gente acionou o Corpo de Bombeiros, mas eles não vieram. Disseram que só iriam se as abelhas estivessem calmas. Então, nos arriscamos indo até lá, mesmo com as abelhas atacando, e colocamos fogo em uma chácara ao lado para tentar afastar as abelhas, por nossa conta, correndo o risco de provocar outro tipo de acidente", relatou a proprietária. 

Apesar do pedido de ajuda, nenhuma equipe de resgate chegou ao local após o ataque. A moradora também relatou que foram solicitadas fotos do enxame no local. 

"Isso nunca havia acontecido antes. A comunidade está se mobilizando para investigar o motivo do aparecimento do enxame. Conversei com os vizinhos, inclusive com um senhor que cuida lá para nós, e nunca tinha acontecido um ataque assim. Estamos preocupados, tentando identificar onde estão essas abelhas para tentar direcioná-las e evitar outro acidente", explicou a proprietária. 

Apenas os cães foram atacados, apesar de haver um criadouro de coelhos no mesmo terreno. O caseiro também foi picado na mão. "Os moradores se trancaram dentro de casa quando viram o ataque. Ligaram para meu marido, que se deslocou até lá. O único que teve coragem de ajudar foi o senhor que cuida do local, colocando fogo no terreno", relatou. 

"Eu não sabia que um cachorro de 50 quilos cairia daquele jeito por causa de abelhas. Quando cheguei, meu coração deu uma pausa. Tentei pegar a cachorra, mas não consegui. Só dentro da boca dela arranquei umas 15 abelhas. Elas estavam grudadas nos lábios e na língua, que era puro sangue de tanta ferroada", contou emocionada.

A reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com o Corpo de Bombeiros em busca de um posicionamento sobre o caso. De acordo com a instituição, está em andamento uma investigação para que sejam aplicadas medidas administrativas, caso necessário. 

"O Corpo de Bombeiros entende a gravidade da situação e compartilha o sentimento de tristeza pela perda dos animais. Nosso principal objetivo é garantir a segurança e o bem-estar da comunidade, incluindo os animais domésticos. Infelizmente, em algumas situações, nossos recursos podem estar sobrecarregados ou não serem suficientes para responder a todas as emergências simultaneamente", afirmou em nota. 

Os bombeiros explicam que as abelhas possuem boa memória geográfica e se orientam pelo sol em busca de alimento e retorno para sua colmeia, sendo o melhor momento para capturá-las durante a noite. 

"O recomendado é que a guarnição visualize a colmeia durante o dia, planeje a captura, oriente os moradores (inclusive da vizinhança) a deixarem o perímetro ou se isolarem dentro de suas residências (inclusive animais), faça contatos com outros órgãos, caso necessário, como a CEMIG, e providencie os materiais necessários para a operação, visando não expor os militares aos riscos, e, por fim, realize o trabalho de forma eficiente", explicou a nota. 

Para evitar o aumento do estresse das abelhas devido à presença de pessoas e animais, a área deve ser isolada até a chegada da equipe de resgate. "O manuseio, captura ou extermínio de abelhas ou marimbondos deve ser realizado preferencialmente no período noturno, quando esses insetos diminuem suas atividades e se aglomeram nos ninhos. Em caso de ataques em locais públicos, jatos d'água pulverizados podem ser usados para espantá-los", orienta a instituição. 

Outras orientações incluem: 

Não se aproximar do enxame; 

Não aplicar fumaça, veneno, álcool ou fogo; 

Não tentar matar o inseto que se aproximar, pois ele libera feromônio de alerta, atraindo outras abelhas que podem atacar; 

Proteger-se de eventuais ataques, pois as abelhas liberam substâncias tóxicas ao ser humano quando atacam.

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