Cão atropelado no Abadia é adotado por veterinário e seguirá em tratamento

Após dois dias sob cuidados do 8º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Uberaba, cachorro atropelado no bairro Abadia foi adotado por um médico-veterinário, que dará continuidade ao tratamento do animal. O cão recebeu atendimento voluntário, incluindo medicação, e estava fora de perigo. O caso ganhou repercussão com denúncia feita por protetoras independentes ao Jornal da Manhã, e mobilizou a sociedade civil, que se organizou para garantir assistência ao animal. 

Na noite de sexta-feira (30), o cão foi avaliado pelo médico-veterinário Vitor de Paiva, que ofereceu atendimento voluntário após tomar conhecimento da situação. “Uma amiga viu a reportagem e me acionou, e eu prontamente fui até o local. Constatei que o cachorro só estava mancando por dor e pelo ferimento. Fiz uma consulta completa, como se fosse particular mesmo. Foi preciso sedá-lo para realizar a sutura, mas, fora isso, os parâmetros clínicos estavam ótimos”, explicou o profissional. Segundo ele, trata-se de um macho de porte médio, com idade estimada entre três e quatro anos. 

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Antes do atendimento feito por Vitor, a veterinária Tatiana Monteiro também prestou assistência voluntária ao cão, ministrando medicamentos para dor e suporte inicial. 

Já durante a madrugada de sábado, o vereador Túlio Micheli conseguiu um adotante definitivo para o animal. O novo tutor, que também é médico-veterinário, se comprometeu a dar continuidade aos cuidados e buscou o cachorro no batalhão logo pela manhã. “Consegui resolver ainda durante a madrugada. Ele já foi buscar o cão e vai cuidar dele pessoalmente. É uma adoção definitiva”, afirmou o parlamentar ao JM. 

O atropelamento ocorreu por volta das 10h de quinta-feira (29), na rua Iguatama, e o socorro foi feito por uma equipe dos bombeiros. Desde então, o cachorro permaneceu abrigado junto à corporação, aguardando encaminhamento para acolhimento institucional. Protetoras relataram à reportagem que, mesmo após diversas tentativas, não conseguiram que a Prefeitura o encaminhasse para atendimento por meio do convênio público. 

Procurada pelo Jornal da Manhã, a Superintendência de Bem-Estar Animal alegou que não foi possível acolher o cachorro devido à suposta falta de leitos no convênio com o Hospital Veterinário da Uniube (HVU). Entretanto, a informação foi contestada pela instituição, que informou ter realizado a triagem do animal, ressaltando haver vagas disponíveis, e que a autorização para o atendimento deveria ter sido feita pelo poder público.