Ativista faz abaixo-assinado pela permanência de animais exóticos no Santuário Ecológico

Animais que pertenceram ao empresário Luiz Antonio Costa (Luiz Botina) são alvo de petição online. O abaixo-assinado foi criado pelo ativista e defensor da causa animal de Minas Gerais, Osvaldo Lopes, pedindo a permanência dos animais lotados no Santuário Ecológico. Até o momento 580 pessoas já assinaram o documento.  

No texto, o ativista argumenta que os animais estão em risco, resultado de uma disputa judicial pelo patrimônio de R$160 milhões que envolve a fazenda. “Enquanto a disputa não é resolvida, os arrendatários da cana de açúcar buscam a modificação do termo de depositário fiel dos animais junto ao Ibama, pra fazer a remoção dos animais que em sua maioria são idosos e não vão sobreviver ao procedimento”, alega o pedido. 

Atualmente, o local abriga mais de 160 animais exóticos, entre eles cervos, lhamas, araras e uma girafa. A decisão judicial sobre a retirada ou permanência dos animais, no entanto, é técnica e aguarda parecer do promotor de Defesa do Meio Ambiente, Carlos Valera, a pedido do juiz José Paulino. 

Entenda o caso: Permanência de animais no santuário de Luiz Botina depende de laudo técnico 

Ao Jornal da Manhã, o promotor lembra que o abaixo-assinado não interfere na decisão. Em setembro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) esteve no local e emitiu um laudo em que pede algumas comprovações documentais da parte do depositário fiel dos animais e ex-caseiro das Fazendas Zebu. Também foram solicitadas adaptações na estrutura do local, para melhor vivência dos animais.  

Ainda, o documento reforça que o “escore corporal das espécies pode ser considerado ideal, o que indica saúde”. O documento foi aprovado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Nesta quinta-feira (5) uma nova vistoria está em andamento no local.  

É válido citar que durante todo o processo, os animais permanecem no santuário. De acordo com informações da coluna Falando Sério, assinada pelo jornalista Wellington Cardoso, já teria sido gasto cerca de R$ 400 mil na alimentação e tratamentos dos bichos, pelo ex-funcionário.