Animais lotados no Santuário Ecológico deixado pelo empresário Luiz Antônio Costa, também conhecido como Luiz Botina, devem permanecer no local até que um laudo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF) seja realizado.
A decisão judicial sobre a retirada ou permanência dos animais está nas mãos do promotor de Defesa do Meio Ambiente, Carlos Valera, a pedido do juiz José Paulino. Segundo o promotor, há um inquérito civil que trata da Zebu Ecológica. “Temos recebido apoio técnico do IBAMA e do IEF. Já havia tratativas com os anteriores administradores do local. Contudo, com a decisão judicial e a revogação da liminar a gestão do local voltou para o espólio e temos que iniciar novas tratativas com a inventariante”, informa o promotor.
Conforme Valera, a promotoria aguarda o laudo técnico do IBAMA e do IEF para adotar os próximos passos. “Mas na vistoria realizada na quinta-feira passada o IBAMA atestou que os animais não estão em risco ou situação de maus-tratos”, afirma Carlos Valera. O promotor ainda pontua que a decisão judicial é passível de recurso.
Os animais foram apreendidos pelo IBAMA ainda no ano passado e deixados na responsabilidade do ex-caseiro da Fazenda Zebu, situado como depositário fiel dos animais. De acordo com informações da coluna Falando Sério, do jornalista Wellington Cardoso, já teria sido gasto cerca de R$ 400 mil na alimentação e tratamentos dos bichos, pelo ex-funcionário. Ainda segundo a coluna, todas as despesas podem ser comprovadas por notas fiscais.
Os animais exóticos foram comprados pelo empresário há trinta anos e são monitorados por biólogos e veterinários.