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Servidores suspendem greve e acionam a Justiça por negociação

Ação protocolada junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais é uma tentativa de se buscar algum índice acima da inflação antes do prazo eleitoral, que é abril

Gisele Barcelos
Publicado em 27/03/2024 às 16:37Atualizado em 28/03/2024 às 07:26
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Decisão de judicializar a campanha salarial foi aprovada em assembleia extraordinária, na tarde de ontem, na sede do sindicato da categoria (Foto/Divulgação)

Decisão de judicializar a campanha salarial foi aprovada em assembleia extraordinária, na tarde de ontem, na sede do sindicato da categoria (Foto/Divulgação)

Em assembleia extraordinária realizada nesta quarta-feira (27), servidores decidiram suspender a greve e acionar a Justiça para tentarem a reabertura da negociação com o Executivo. A ação já foi protocolada no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU).

De acordo com o presidente do SSPMU, Martinho Pereira, a greve fica suspensa temporariamente a partir da assembleia, até que haja algum desdobramento da ação judicial. “Essa decisão não termina a greve. Queremos tentar todas as formas para garantir um reajuste digno para todos”, reforçou.

Para o sindicalista, houve resultados positivos ao longo da semana de mobilização, mas a judicialização da campanha salarial é para evitar que o servidor seja prejudicado quanto ao reajuste. Ele lembra que, devido ao ano eleitoral, o prazo limite para conceder índice acima da inflação termina em abril. Por isso, a opção foi recorrer à Justiça para tentar a retomada das negociações e um acordo com o governo. “Temos que buscar todas as opções para assegurar os direitos dos servidores”, posicionou.

Na assembleia, a categoria também foi informada da normativa emitida pela Secretaria de Administração para a compensação dos dias parados. Não haverá desconto de nenhum valor financeiro do servidor que aderiu à greve, mas será preciso repor os dias não trabalhados. O SSPMU manifestou que ainda vai tentar negociar para que as faltas referentes aos dias de paralisação sejam abonadas.

Quanto aos educadores, uma assembleia será convocada na próxima semana para deliberar sobre a continuidade da greve. A data da reunião ainda não foi acertada. Por enquanto, não há confirmação se a categoria pretende permanecer com a mobilização na porta do Centro Administrativo até uma nova votação sobre os rumos da paralisação. 

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