CONFIRMAÇÃO

Complô para cassar prefeito de Frutal tinha até Promotora de Justiça, diz servidora

Publicado em 15/04/2024 às 15:59Atualizado em 15/04/2024 às 19:30
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Servidora informou que até promotora estaria envolvida no conluio (Foto/Divulgação)

Servidora informou que até promotora estaria envolvida no conluio (Foto/Divulgação)

A Câmara de Vereadores de Frutal se vê envolvida em um novo escândalo político. Desta vez, motivado por divulgação de fragmentos de áudio feita pelo vereador Jhonathan Martins Siqueira em suas redes sociais. Os áudios tratam de acusações que vão desde compra de votos para a eleição da Mesa Diretora da Câmara até um conluio que resultaria na cassação e na prisão do prefeito Bruno Augusto.

Nos áudios e ligações telefônicas que foram feitas pela servidora pública Fabiana Cristina Martins Ramalho, e gravadas com autorização dela ao vereador, a mulher afirma que supostamente teria ocorrido uma armação para eleger o atual presidente da Câmara, Sebastião Custódio Couto, e que todo esse conluio teria sido articulado para tentar promover a cassação e a prisão do prefeito Bruno Augusto.

Ainda segundo Fabiana, a promotora Daniela Campos de Abreu Serra também estaria supostamente envolvida neste complô. Durante a ligação, a servidora cita até mesmo que a promotora da Comarca de Frutal teria participado de uma reunião no Sindicato Rural daquela cidade, local onde o presidente da Câmara trabalha. Nesta reunião, supostamente, diversos vereadores e a promotora teriam discutido maneiras de prender e cassar o prefeito Bruno Augusto. Fabiana chega, inclusive, a citar nomes de figuras conhecidas e influentes do Poder Judiciário, como o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio Noronha, e do Procurador-Geral, Jarbas Soares Júnior.

Nessa conversa, Fabiana também diz que há suposto envolvimento do procurador-jurídico do Legislativo frutalense, Marco Aurélio Rodrigues Ferreira, irmão da ex-vereadora Gleiva Ferreira de Melo, companheira política do atual presidente da Casa, Juninho do Sindicato. Além disso, Fabiana ainda revela uma suposta compra de votos na última eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Frutal. Nos áudios, segundo a servidora, um homem identificado apenas como Danilo “estaria cheio de dinheiro” e teria inclusive recursos para “comprar um companheiro por 30 mil reais” e mais “50 mil para garantir o vice-presidente da Câmara”. Hoje o Legislativo conta com dois ocupantes na vice-presidência da Casa: o primeiro vice-presidente é a vereadora Gislene Maria da Silva, já o segundo vice-presidente é o vereador Claudimar Basílio da Silva (Rapinha).

Ao tomar conhecimento desses fatos e destas supostas irregularidades, o prefeito Bruno Augusto também gravou e publicou o vídeo nas redes sociais dele, no qual pede que as graves denúncias sejam devidamente apuradas pelas autoridades competentes. “Os áudios mostram que suspostamente tudo estaria armado entre a promotora e alguns vereadores de oposição para que eu fosse preso. Não sei por qual motivo conseguiriam a minha prisão, mas até o momento, desde que os áudios se tornaram públicos, ninguém se pronunciou, mesmo essas acusações sendo extremamente graves. Por isso, estou aqui publicamente cobrando as autoridades, inclusive sobre o fato de compra de votos. É inadmissível que meia dúzias de pessoas, por causa de poder, faça esse tipo de artimanha contra o povo de Frutal” – ressalta.

O prefeito Bruno Augusto protocolou representação na polícia civil e corregedoria do Ministério Público, solicitando uma ampla investigação sobre os relatos da servidora.

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