O setor industrial se mostra cada vez mais participativo na economia nacional. Após uma queda na produção em 2016, o segmento registrou uma elevação de 2,5% no índice no ano passado. Além disso, projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam previsão de aumento de 3% do PIB industrial em 2018.
Para manter essas atividades, porém, o setor precisa utilizar bastante água. De acordo com Agência Nacional de Águas (ANA), a indústria de transformação, por exemplo, é o terceiro segmento que mais utiliza o recuso, ficando atrás da agricultura irrigada e do abastecimento urbano.
No entanto, o coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abequim), Mauro Machado Júnior, afirma que, ao longo do tempo, o setor tem se preocupado cada vez mais com a economia da água e a preservação da natureza. Ele explica que práticas adotadas dentro da própria associação são exemplos do uso consciente do recurso no setor produtivo.
Uma das instituições que defende o uso racional da água é a The NatureConservancy (TNC), organização internacional, especializada na conservação da biodiversidade e do meio ambiente. O gerente de água da ONG, Samuel Barreto, afirma que nenhum setor precisa ser privado da utilização da água. Na avaliação do especialista, equilíbrio é a palavra-chave para atender demandas sem desperdiçar esse bem tão escasso.
Além do manejo econômico da água, a Associação Brasileira da Indústria Química estima que entre 2006 e 2015 houve redução de 31% na geração de efluentes, nome dado aos resíduos descartados pela indústria. Segundo a associação, os fatores que contribuíram para isso foram a redução de vazamentos e as melhorias nos ciclos de lavagem dos equipamentos e segregação de descartes.
Fonte: Agência do Rádio