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Otorrino explica como cuidar da audição em viagens aéreas

Dependendo do grau de variação da pressão atmosférica, a pessoa pode sentir dor de ouvido, zumbido, surdez, otites e até retração ou perfuração do tímpano

Letícia Morais
Publicado em 04/02/2018 às 22:37Atualizado em 16/12/2022 às 06:37
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Foto/Jairo Chagas

Durante o voo, Ana Lúcia Bóscolo aconselha aumentar a quantidade de deglutições e bocejos para equalizar a pressão

Férias escolares e carnaval são momentos em que muitas famílias se propõem a viajar. Só que as idas e vindas de avião costumam gerar zumbido nos ouvidos de viajantes e para quem utiliza aparelhos auditivos o desconforto pode ser maior. A otorrinolaringologista Ana Lúcia Bóscolo explica que a principal causa da dor de ouvido quando se anda de avião ou durante mergulhos é a variação da pressão no ouvido médio.

De acordo com a especialista, a tuba auditiva é a responsável por manter o equilíbrio entre a pressão ambiental e a do ouvido. “A tuba se mantém fechada e o ar do ouvido médio fica em baixa pressão. Quando deglutimos ou bocejamos os músculos se contraem e abre a tuba, deixando o ar entrar no ouvido”, esclarece. Ela destaca que o ar é absorvido pelas mucosas, mantendo a pressão negativa e garantindo que o processo seja cíclico para conservar a saúde do ouvido médio.

Dependendo do grau de variação da pressão atmosférica, a pessoa pode sentir dor de ouvido, zumbido, surdez, otites serosas, retração timpânica, perfuração timpânica e formação de fístulas linfáticas. Durante o voo, a otorrino aconselha aumentar a quantidade de deglutições e bocejos para equalizar a pressão, como com o uso de chicletes, por exemplo.

Em alguns casos, como quando a pessoa apresenta quadro de rinites e gripes, Ana Lúcia Bóscolo orienta não viajar. “Quando se tem obstrução nasal, ocorre um aumento da pressão negativa na tuba e da chance de dor”, afirma. Por isso, caso não seja possível evitar a viagem, ela indica o uso de vasoconstrictor nasal antes do voo.

Ainda segundo a médica, a “manobra de valsava”, que é o ato de tampar o nariz e fazer expiração forçada, é obrigatória no mergulho. “No avião, essa manobra só é realizada em casos extremos, haja vista que, se malfeita, pode causar danos ao ouvido”, alerta. No caso dos bebês, Ana Lúcia orienta que ao dar o peito, mamadeira ou chupeta, a mãe mantenha o nariz da criança desobstruído.

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