GERAL

MPF investiga suposto desvio de recursos do Instituto Chico Xavier

Representação chegou ao órgão através do filho adotivo do médium, Eurípedes Higino, objetivando apurar aplicação dos recursos levantados

Daniela Brito
Publicado em 27/08/2015 às 21:09Atualizado em 16/12/2022 às 22:35
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Ministério Público Federal (MPF) investiga suposto desvio de dinheiro doado ao Instituto Chico Xavier. A representação chegou ao órgão através do filho adotivo do médium, Eurípedes Higino, com objetivo de apurar a aplicação dos recursos levantados pelo instituto. O dinheiro teria sido arrecadado para contribuir com a construção do Memorial Chico Xavier, na Mata do Carrinho. O órgão também investiga o uso indevido do nome do médium para fins lucrativos e comerciais, sem a autorização de quem detém o acervo e esse nome “Chico Xavier”. As investigações estão sendo conduzidas pelo procurador da República, Thales Messias Pires Cardoso.

O memorial está sendo erguido com recursos oriundos do Ministério do Turismo, tendo ainda a contrapartida da Prefeitura de Uberaba. No total foram destinados R$5 milhões para as obras, que já estão praticamente concluídas.

Em contato com a reportagem do Jornal da Manhã, o presidente do Instituto Chico Xavier, Adalberto Pagliaro Júnior, nega todas as denúncias, afirmando que os recursos destinados ao memorial sequer passaram pelo Instituto Chico Xavier. Segundo ele, o instituto não tem fins lucrativos e não recebe verbas públicas por ser uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). “Uma Oscip pode firmar convênios com o poder público, mas não tem meio legal para receber recursos públicos”, informa. Ele também diz que, desde que assumiu a presidência, não houve nenhum tipo de doação de empresa privada. Além disso, o presidente informa que o instituto não comercializa nada por não ter fins lucrativos. Inclusive, o presidente já levou estas informações ao MPF.

Para ele, a atual preocupação é quanto à locação e gestão do memorial, que está praticamente concluído. Para ele, a Prefeitura não pode gerir a estrutura sozinha e o próprio instituto não tem recursos para custear o funcionamento da estrutura. “É preciso autonomia financeira na administração”, diz.

A reportagem tentou ouvir o filho do médium, mas não conseguiu contato.

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