GERAL

Desempenho da indústria continua negativo

Vale lembrar que, ao contrário do que muitos pensam, esse desempenho negativo da indústria afeta o consumidor comum

Geórgia Santos
Publicado em 28/10/2014 às 20:44Atualizado em 17/12/2022 às 03:01
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Fiemg divulga indicadores da indústria da região do Triângulo Mineiro e desempenho continua negativo. O último levantamento publicado foi no mês de setembro, relativo a agosto, e o faturamento real, após três meses consecutivos de crescimento, recuou em função da queda nas vendas domésticas. Para melhorar, segundo o presidente regional da Fiemg, Altamir Rôso, é preciso mudar a política econômica do governo. 

De acordo com o levantamento, o faturamento real decresceu 6,16% frente a julho. No confronto com o mesmo mês de 2013, as vendas totais diminuíram 10,55%. No acumulado do ano até agosto, diante dos mesmos meses do ano anterior, a variável cresceu 1,21%. Já com relação ao emprego – outro destaque –, houve relativa estabilidade frente a julho. Quando comparado com o mesmo mês de 2013, o indicador caiu 4,68%. No acumulado do ano até agosto, perante igual período do ano anterior, o pessoal empregado total decresceu 7,11%. “Sempre que são divulgados esses índices, temos muitos motivos para lamentar; na maioria das vezes são negativos, e mostram que a indústria está perdendo força e não há, em curto prazo, previsão de melhora”, explica o presidente da Fiemg.

Além de queda no faturamento real e da estabilidade no emprego, que poderiam registrar crescimento, Altamir destaca o recuo nas horas trabalhadas, que foi de 1,30% ante o mês de julho. Em relação a igual mês do ano anterior, a variável retraiu 5,36%. De janeiro a agosto deste ano, o indicador de horas registrou queda de 1,55%, comparando-se com o mesmo período de 2013. Isso representa redução nas horas extras, na quantidade de pessoas que estão incluídas na massa de trabalhadores na indústria. “São vários fatores que nos levam a pensar que é preciso fazer algo de forma urgente para melhorar a realidade da indústria brasileira e mineira”, afirma.

Portanto, para melhorar o número, segundo Altamir, é necessário realizar mudanças na política econômica do governo, um planejamento industrial em curto prazo, para resolver problemas imediatos. Precisam ser adotadas medidas governamentais, de política econômica. “Medidas que seriam até um pouco impopulares precisam ser adotadas, é imprescindível que o próximo presidente realize mudanças juntamente com a reforma política”, destaca.

Vale lembrar que, ao contrário do que muitos pensam, esse desempenho negativo da indústria afeta sim o consumidor comum, pois ele é o reflexo da situação do comércio, que, por sinal, já vem demonstrando sinais de retração, justamente por conta do índice de endividamento do consumidor, que está aumentando. Enfim, se as pessoas evitam comprar, isso afeta o comerciante, que por sua vez reduz os pedidos à indústria.

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