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Os brasileiros estamos aturdidos com tantas notícias ruins. Doem-nos o coração os noticiários sobre...

Terezinha Hueb de Menezes
thuebmenezes@hotmail.com
Publicado em 10/02/2013 às 14:27Atualizado em 19/12/2022 às 14:47
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Os brasileiros estamos aturdidos com tantas notícias ruins. Doem-nos o coração os noticiários sobre a tragédia de Santa Maria, ceifando a vida de tantos jovens. Dói-nos mais saber que tudo ocorreu como consequência de uma série de irresponsabilidades. Falharam os donos da casa de espetáculo, falharam os componentes da banda, falharam os seguranças. O resultado foi o que vimos.

Atemoriza-nos a constatação sobre a banalização da vida. Mata-se por qualquer motivo fútil. Quanto vale a vida humana? Dez reais? Sete reais? Uma pedra de craque?

     E não apenas isso, mas não se entende a falta de paciência das pessoas. Parece que quase todos estão prestes a explodir de impaciência, de irritação. O trânsito virou uma loucura. Não se respeita nada. Motos trançam em meio aos carros. Por qualquer motivo, o xingatório acontece, muitas vezes culminando em morte. Não há respeito por ninguém.

      Na política, a cada dia um susto. Renan Calheiros está de volta com “pompas e circunstâncias”. De nada adiantam as “vozes que clamam no deserto”, alertando para a aberração política, na total inversão de valores. O povo tudo aceita, cansado, talvez, de lutar.

Fico pensando no desencanto da juventude: acreditar em quê? Acreditar em quem? Chegamos a um ponto em que tudo é aceito com naturalidade: o errado já não causa espanto e, pior, muitas vezes nem se percebe aquilo que é errado. O discernimento fica, assim, comprometido, misturando-se na cabeça de muitos o certo e o errado como se fossem a mesma argamassa.

Felizmente, há os oásis da vida. Há os bons momentos, as conquistas sociais, as iniciativas que têm promovido os jovens à acessibilidade mais fácil aos bens socioculturais, o que, a médio prazo, poderá promover um maior desenvolvimento ao país.

Existe a alegria matinal de ver crianças e jovens dirigindo-se às escolas, material escolar nas mãos, buscando um futuro melhor para suas vidas, na esperança de vê-las transformadas pela educação.

Existe o encantamento de ver o sol que nasce iluminando corações e almas, iluminando a flor que desponta e o olhar da criança.

Há a esperança de que os homens mudem na adoção da fraternidade, vendo, no irmão que sofre, a própria imagem.

Há esperança de que a esperança não morra jamais.

Em meio aos bons acontecimentos, mais um se junta aqui em Uberaba, sinônimo também de esperança: o amigo Gilberto Rezende comemora seus oitenta anos de vida, ao lado da família, demonstrando à comunidade uberabense uma existência devotada à cultura, abraçando os dois extremos: do clássico ao popular. A ele se deve, com certeza, o fomento à preservação da catira, garantindo à posteridade que esse segmento cultural se perpetue.

Parabéns, amigo Gilberto, pelo aniversári que os oitenta anos se multipliquem no entusiasmo pela cultura sempre presente, e em saúde e alegrias, juntamente com seus familiares.

Felizmente, nem tudo na vida são desencantos...

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