Recebi da amiga Marília Bartolomeu, mensagem que apresenta uma pergunta, vencedora em congresso sobre vida sustentável: “Todo mundo ‘pensando’ em deixar um planeta melhor
Recebi da amiga Marília Bartolomeu, mensagem que apresenta uma pergunta, vencedora em congresso sobre vida sustentável: “Todo mundo ‘pensando’ em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para nosso planeta?”
O pensamento é muito bem formulado. Vejam leitores, que meio ambiente e ser humano estão intimamente ligados: se o meio ambiente aqui está para servir os homens, os homens se tornam responsáveis pela preservação do meio ambiente.
Ninguém, de repente, num passe de mágica, se torna amante e defensor de nossas riquezas naturais: esse é um amor que precisa ser cultivado desde tenra idade, e cabe aos pais, evidentemente, promover tal trabalho, mostrando sempre aos filhos, que deles e de sua formação dependerá o encontro, no futuro, de um planeta mais equilibrado e mais respeitado ecologicamente.
Tenho insistido sempre que a educação começa em casa e que a escola funciona como elemento de complementação educacional, jamais como substituta daquela que é obrigação dos pais. Por isso a escola precisa trabalhar a educação dos alunos, complementando e reforçando aquilo que aprendem em casa. Se nada ou quase nada aprendem, a tarefa se complica.
Cada vez mais precisamos ensinar aos nossos filhos, aos nossos alunos, que a vida sustentável é aquela que precisa ser cultivada pela interação consciente do homem com o meio ambiente, de tal forma que este último seja utilizado pelo ser humano sem ser agredido pelo desrespeito de depredações ou de explorações descontroladas.
Questiono muito, hoje, o descaso e a falta de preocupação que o futuro trará – mais do que o presente -, em relação às nossas reservas naturais, se não houver uma reviravolta, principalmente na cabeça de crianças e jovens. Como é deprimente ver, dos carros em movimento, as garrafas ou latas vazias de refrigerante sendo jogadas displicentemente no asfalto ou nas ruas. Ou, nos cinemas, pipoca e papéis de bala entulhando o chão. Ou o desperdício com a água, como se fosse um bem inextinguível. Ou, ainda, o desprezo por nossas árvores, por nossas matas, como se destruí-las fosse ato normal em favor do homem.
E, falando em meio ambiente, estamos todos estarrecidos com a notícia dos containers, repletos de lixo, aportados no Brasil. Na Internet a notícia: “Toneladas de lixo vieram da politicamente correta Europa para os portos do Brasil. Antes, só os países da África recebiam a encomenda.” Afinal, quem encomendou? Será que nós, brasileiros, merecemos tal ignomínia? Se não estamos dando conta do lixo que polui nossos rios e degradam nosso meio ambiente, ainda vamos ter de suportar o lixo de países ditos de primeiro mundo?
Talvez esteja certo o internauta anônim “Esse lixo foi enviado para juntar-se ao Senado Federal.” É uma lástima...
(*) educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro