No dia 14/06/2021, Uberaba viu partir para a eternidade um de seus filhos mais devotados à causa da cidade e regiã o jornalista e acadêmico Luiz Gonzaga de Oliveira. Eis a seguir as palavras rimadas – “Uberaba e eu” – que lhe dediquei no lançamento de seu livro “Uberaba de todos nós”, em 12/12/2013.
Minha querida Uberaba / Por você curto extrema paixão / Amor infinito que não acaba / Cultuado nas entranhas do meu coração. Se estou longe não lhe esqueço / Se estou perto também não / Mesmo assim penso que não mereço / O que ganhei por ter feito esta opção.
O filho amar o berço é natural / Ser amado pela terra nem tanto / Mas quando alguém lhe faz algum mal / Tenho os olhos inundados pelo meu pranto.
Ao andar por suas ruas / Vejo o seu belo passado indo embora / Sua memória com pancadas duras e cruas / Vai sendo apagada dia a dia hora a hora.
Enquanto muitos apáticos lhe veem passando / Eu no meu canto sofro em sua defesa / À medida que posso vou registrando / Fatos que um dia a história porá à mesa.
Os que noutros tempos lhe colocaram no apogeu / Hoje sofrem vendo-a quase estagnada / Você não parou, mas a outra cresceu / Não morrerei sem vê-la naquela vanguarda.
No meu começo eu poderia ter mudado / Para noutras plagas distantes vencer / Por eu amá-la tanto e ser apaixonado / Fiquei; e quanto foi bom vê-la crescer!
Se um dia eu de você for embora / Irei morrendo com o peito sangrando / Voltarei depois de morto sem demora / Seu solo querido estará me esperando!
Uberaba. Oh! Terra bendita e abençoada! / Mãe que me gerou e deu à luz / Este seu filho não lhe troca por nada / Deus, por isso me deu um bom destino, e Ele sabe que eu faço jus.
Brevemente será lançada a obra de Luiz Gonzaga de Oliveira. “Ferradas e Ferroadas”.