Nos últimos minutos de 2009, as taças foram preparadas para um brinde de saudação ao novo ano. Com a contagem regressiva e os ponteiros indicando
Nos últimos minutos de 2009, as taças foram preparadas para um brinde de saudação ao novo ano. Com a contagem regressiva e os ponteiros indicando uma modificação no calendário, a sensação de recomeço fez com que a alegria tomasse conta de todos. Estamos vivendo os primeiros dias do esperançoso 2010.
E já nestes primeiros dias, notamos que a rotina de tragédias não ficou no passado; voltou com força. Então o novo ano não será feito apenas de coisas boas. O problema é que as notícias ruins têm destaque no noticiário. As muitas enchentes e os inevitáveis deslizamentos de terra, com vítimas fatais, e mais os desabrigados, que tudo perderam, já se fizeram presentes este ano, com as inevitáveis críticas às autoridades, que não coíbem a ocupação desordenada do solo.
O homem abusa da natureza e ela se vinga de forma cruel. É um pequeno troco ao bicho homem, que ainda não aprendeu a respeitar o planeta. Claro é que a culpa pelos deslizamentos não é da natureza, mas do homem, que a agrediu e não soube respeitar limites. A conclusão é a de sempre: as casas não deveriam ter sido construídas naquela área.
Também já apresentaram a estatística dos desastres nas rodovias. Invariavelmente, em feriados prolongados, acontecem acidentes nas rodovias.
E pelo mundo os homens-bomba se explodem, levando consigo vidas preciosas, que nada têm a ver com as questões políticas ou religiosas pelas quais são imoladas. Que se destruam em nome da fé, em nome de qualquer coisa, mas deixem os outros viverem em paz.
Exemplo de protesto forte e de efeito é o dos monges que se incendeiam em praças públicas. Pelo menos não atingem outras pessoas ao demonstrarem o seu amor por uma determinada causa.
O novo ano recebe um pouco do lixo político de 2009, pois o deputado Prudente (o do dinheiro nas meias) voltou a assumir o cargo de presidente da Assembleia do Distrito Federal e será o responsável pelo julgamento do governador Arruda. Ou seja, tudo em família. Começou com panetone e vai acabar em pizza. Uma enorme pizza.
Ficamos pensando por que tanta festa na chegada de 2010, se, aparentemente, caímos, em seguida, na rotina. É simples: precisamos de uma injeção de ânimo para que consigamos enfrentar com energia renovada nossas velhas batalhas.
E o novo ano já está ficando velho. Já foram iniciados os preparativos para o carnaval. A novidade é a eleição para presidente, que está ficando quente. Sigamos, pois, a rotina fatal, que a Semana Santa já está chegando e o Natal não tarda. Que venha o 2011!
(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro