ARTICULISTAS

Três preocupaões

Participamos, no último dia 9, pela manhã, de café promovido pela Uniube – contato feito pelo competente assessor Luiz Carlos de Souza, com a presença de seu reitor.

Terezinha Hueb de Menezes
thuebmenezes@hotmail.com
Publicado em 13/03/2010 às 20:34Atualizado em 20/12/2022 às 07:37
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Participamos, no último dia 9, pela manhã, de café promovido pela Uniube – contato feito pelo competente assessor Luiz Carlos de Souza, com a presença de seu reitor, Dr. Marcelo Palmério, da Profa. Vera Palmério, da pró-reitora, Inara Barbosa, do diretor Ricardo Saud, diretores e coordenadores de cursos - com as escolas de Ensino Médio, redes pública e particular.

A reunião, dentro de um ambiente muito agradável e com requintado café, contou com a presença da Superintendente, Profa. Vânia Célia, e com um grande número de representantes das escolas de Uberaba e região.

Um dos motivos: reforçar as parcerias entre a Universidade e as escolas, em suas várias propostas de atendimento, o que foi realçado e elogiado pelas instituições que recebem assessoria nos vários níveis, seja através de atendimento na área da saúde, seja por meio de estagiários na área educacional. Na verdade, tudo isso constitui um grande auxílio para as escolas, principalmente as públicas. Todos se pronunciaram favoravelmente às medidas adotadas.

Entre tantas preocupações que assaltam, pedagogicamente, os educadores, nos dias atuais, três, entre outras, me surgem à cabeça, o que passei para os presentes, na intenção de que ações conjuntas possam diminuir os problemas:

1ª – A transição das escolas de Ensino Médio para as faculdades.

Toda mudança, geralmente, gera estranheza. O aluno que sai do Ensino Fundamental I (antigo primário) e ingressa no Ensino Fundamental II (antigo ginasial) ou passa do Ensino Fundamental II para o Ensino Médio (antigo colegial), logicamente encontrará certa dificuldade de adaptaçã são novos materiais, novos professores, com posturas diferentes em cada ciclo. Por isso é preciso que se desenvolvam mecanismos que tornem tal mudança menos conflitante. Principalmente na passagem do ensino básico para a universidade, quando os hábitos e a convivência com os colegas  na escola de origem dificultam ainda mais a nova situação.

2ª – A violência nas escolas, principalmente nas públicas do ensino básico.

Tal violência costuma ocorrer entre alunos, muitas vezes por motivos banais, e de alunos com professores, quando estes tentam cumprir sua missão de educar. Há casos, pelo Brasil afora, de situações extremas de agressões a professores. Em Uberaba, vez ou outra, sabe-se de atitudes violentas de alunos, muitas vezes com o consentimento e a ajuda dos pais. Não tenho conhecimento das medidas tomadas pelas escolas em que ocorreram os conflitos. E pior: a situação é ainda mais lastimável quando tal violência ocorre nas faculdades: adultos, futuros profissionais, agredindo os mestres.

3ª – A falta de prestígio do professor.

Antigamente, o magistério pertencia a uma classe reverenciada, não só pelos alunos, como pelas famílias e pela sociedade. A figura do professor era respeitada por todos e envolta em credibilidade de atitudes, o que reforçava o processo educacional de crianças e jovens. Os salários, sabemos, não eram os melhores. Mas havia aquela aura de respeitabilidade que fomentava a autoestima dos professores no processo de valorização social. Hoje, coitados dos mestres!, principalmente do ensino público de educação básica: mal remunerados, sem reconhecimento, expostos a toda sorte de perigo e violência, muitas vezes fomentada pela presença das drogas ou pela conivência das famílias.

Urge repensar a educação, uma educação que aponte caminhos da verdadeira formação, colocando em seus devidos lugares as peças deste contexto fundamental para que as escolas possam respirar novos ares de credibilidade e convivência pacífica, e mais, de retorno ao prestígio de nossos valorosos mestres.

 

(*) educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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