Vejamos algo mais da extensa mensagem “Esposa e mãe espiritual”, que o médium Chico Xavier psicografou, na sessão pública da Comunhão
Vejamos algo mais da extensa mensagem “Esposa e mãe espiritual”, que o médium Chico Xavier psicografou, na sessão pública da Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba, na noite de 10 de abril de 1971, e que consta do anteriormente citado livro, Entre Duas Vidas:
“Bendita a luz que nos vem das profundezas da alma, a fim de realizarmos aquele ‘amai-vos uns aos outros como eu vos amei’, das lições de Jesus. /
Você, filho meu (trata-se de P., ex-marido, hoje viúvo), não consegues avaliar as aflições que passaram a residir comigo, quando o vi realmente a sós. / O apartamento vazio, as dificuldades de readaptação ao trabalho, a saudade por presença constante de dor e a necessidade de companhia... Compartilhei com você do cálice de inquietação e tristeza em que a viuvez lhe agravava os obstáculos de homem correto e digno, mas orei, querido P., e orei tanto, rogando a Jesus nos socorresse, que Ele nos mandou o anjo que hoje vela sobre os nossos dias. / Oh! querida J. [a que veio substituir a esposa desencarnada], que dizer a você senão que encontro em sua presença a luz do céu asserenando-nos a vida? / Como explicar-lhe, querida irmã e filha do meu coração, todo o reconhecimento e toda a alegria que me povoam as horas, ao senti-la conosco, abençoando-nos a todos com o seu carinho e desprendimento? / Se as lágrimas de gratidão e de júbilo podem falar, dirão as que choro de contentamento ao abraçá-los que você fez a felicidade do nosso querido P., a quem tanto devemos. / Nunca pense, filha querida, que somos duas a partilhar o coração do mesmo companheiro, porque somos muitos. / Você preenche as benditas funções de esposa abnegada e eu agora sou mãe pelo coração, tanto quanto outros seres queridos nossos ocupam posições outras, marcadas de imensa ternura e ilimitada dedicação junto a nós. / Rogo a Deus, todos os dias, para que você seja feliz, tão feliz, quanto feliz você me tornou, transformando as nossas necessidades em esperanças. / Abençoada seja você, querida J., por suas mãos que entreteceram o nosso ninho familiar de novo, iluminando-nos a estrada com oportunidades de realização cada vez mais novas.”
Nos próximos artigos, não poderei deixar de transcrever tão importante mensagem, uma vez que a quase totalidade das esposas que partem para a Espiritualidade, sentem, sim, saudades do marido, mas, pelo que eu pude observar, nesses meus quase cinquenta anos de experiência clínica, nenhuma chegou a externalizar o conteúdo desta página mediúnica.
(*) Clínico geral e psiquiatra