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Terceiro tempo

Primeiro ninguém sabia, só desconfiava. Os fatos e acontecimentos...

Márcia Moreno Campos
Publicado em 19/03/2017 às 10:30Atualizado em 16/12/2022 às 02:29
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Primeiro ninguém sabia, só desconfiava. Os fatos e acontecimentos ficavam restritos aos meios políticos e suas ramificações. Depois surgiram os sites de fiscalização tipo “Contas Abertas”, a Lei da Transparência e um juiz corajoso que seguiu em frente e legitimou a operação Lava-Jato, desvendando os meandros do Poder e suas ligações criminosas. Agora, devemos passar ao terceiro temp o de mudanças; o de não deixar essas coisas voltarem a acontecer. É chegada a hora de substituir remendos pontuais por reformas estruturais, a começar pela Reforma Política.

Todas essas revelações vieram confirmar que as principais causas do déficit bilionário das contas públicas são a corrupção e o peso dos políticos aos cofres governamentais. Caixa dois, sabidamente praticado por quase todos os partidos, é imposto sonegado, em montante suficiente para melhorar as precárias condições da saúde, educação e segurança pública. Cada desvio de dinheiro equivale a condenar uma vida humana a maus-tratos, filas intermináveis, tratamentos de saúde negados e mortes evitáveis. Serão todos responsabilizados um dia, quer pela justiça do homem, quer pela justiça divina.

Mas a classe política, alheia ao que acontece ao seu redor, continua na redoma. Quem em sã consciência pode achar correto o Congresso Nacional nos custar 28 milhões/dia? Impossível sustentar tantas mordomias e privilégios que se ramificam pelos Estados e Municípios. E o pior é que a única solução aventada por qualquer governante é sempre o aumento dos impostos. Bem mais fácil do que mexer com “direitos adquiridos” de suas excelências.

Vamos cerrar fileiras. Exigir reformas constitucionais que reduzam drasticamente o número de deputados federais e estaduais, senadores e vereadores.

Diminuir o repasse de recursos dos impostos para sustentar esse Poder que muito gasta e tanto deixa a desejar. Se querem trabalhar como representantes do povo, que se igualem a ele. A Lava-Jato não vai durar para sempre e a retomada da economia, quando vier, arrefecerá os ânimos. É preciso construir cercas fortalecendo mecanismos de proteção ao patrimônio público e eliminação permanente de privilégios. Um povo consciente, unido e bem informado consegue. Já estamos no terceiro tempo, o tempo de exigir mudanças.

Márcia Moreno Campos

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