Na última semana, abordamos o “ombro congelado”, uma patologia comum entre pessoas da faixa etária de 40 a 70 anos e, em especial, entre as mulheres. Hoje, optei por continuar falando dos ombros e tratar de outra doença que acomete a mesma região, a tendinopatia do supra espinhoso. Como grande parte dos trabalhadores usam de sua força braçal para realizar suas tarefas, este quadro de tendinopatia acaba sendo bastante diagnosticado, pois deriva-se, em muitos casos, da carga excessiva sobre os membros superiores.
Para que você possa entender melhor, a tendinopatia é a evolução de um quadro crônico da tendinite – um tipo de inflamação que ocorre na membrana que envolve os tendões. Quando acontece a tendinopatia do supra espinhoso, o músculo presente na parte posterior dos ombros, acredita-se que há uma progressiva degeneração tendinosa, por isso, o quanto antes for diagnosticada, maiores serão as possibilidades de um tratamento bem sucedido.
Pessoas que fazem um esforço repetitivo com os braços, que carregam muito peso ou realizam qualquer atividade que sobrecarregue a região dos ombros estão mais propensas a sofrerem da tendinopatia do supra espinhoso. Isso porque o tendão é utilizado exaustivamente, podendo perder a sua capacidade de resistência ou a elasticidade. Normalmente, a doença começa a se manifestar com um quadro de dor ao levantar os braços e fraqueza ao segurar um objeto acima do cotovelo. Os sintomas pioram a noite e o paciente pode ter o sono perturbado.
Quando diagnosticada a tendinopatia, o tratamento costuma ser diverso, variando de acordo com a gravidade da lesão. Podem ser utilizados analgésicos, aplicações de medicamentos na região do tendão acometido, e também o apoio da fisioterapia. Nos casos mais avançados da doença, pode ser necessária a intervenção cirúrgica. Muitas vezes há a necessidade de fazer uma descompressão cirúrgica do espaço onde fica o tendão, associada ou não a sutura da lesão. A cirurgia é realizada por Artroscopia, que é um método menos invasivo e com recuperação mais acelerada.