De tempos em tempos, nosso Planeta torna-se palco de grandes convulsões da Natureza, tudo visando ao progresso espiritual e moral dos que o habitam,
De tempos em tempos, nosso Planeta torna-se palco de grandes convulsões da Natureza, tudo visando ao progresso espiritual e moral dos que o habitam, já que não existe o acaso e tudo tem sua finalidade providencial. Vejamos o que O Livro dos Espíritos tem a nos dizer a respeito, transcrevendo duas questões e uma suplementar, que se encontram no Livro III, “Lei de Destruição”, a quinta das Leis Divinas, detendo-nos por agora na “Destruição necessária e destruição abusiva”:
“728 – A destruição é uma lei da Natureza? / — É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar, porque o que chamais destruição não é senão uma transformação que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos. / — O instinto de destruição teria, assim, sido dado aos seres vivos com objetivos providenciais? / — As criaturas de Deus são os instrumentos dos quais ele se serve para atingir seus fins. Para se nutrirem, os seres vivos se destroem entre si, e isso com o duplo objetivo de manter o equilíbrio na reprodução, que poderia vir a ser excessiva, e de utilizar os restos do envoltório exterior. Mas, sempre, não é senão esse envoltório que é destruído, e esse envoltório não é senão o acessório e não a parte principal, é o princípio inteligente que é indestrutível e que se elabora nas diferentes metamorfoses que sofre.
729 – Se a destruição é necessária para regeneração dos seres, por que a Natureza os cerca de meios de preservação e de conservação? / — Para que a destruição não chegue antes da época necessária. Toda destruição antecipada entrava o desenvolvimento do princípio inteligente. Por isso, Deus deu a cada ser a necessidade de viver e de se reproduzir.
730 – Visto que a morte deve nos conduzir para uma vida melhor, que nos livra dos males desta, e que, assim, ela está mais para ser desejada que temida, por que o homem tem dela um horror instintivo que o faz temê-la? / — Já o dissemos, o homem deve procurar prolongar sua vida para cumprir sua tarefa. Por isso, Deus lhe deu o instinto de conservação que o sustém nas provas, e sem o qual se deixaria, muito frequentemente, levar ao desencorajamento. A voz secreta que o faz repelir a morte lhe diz que ele pode ainda fazer alguma coisa pelo seu adiantamento. Quando um perigo o ameaça, é uma advertência para que aproveite a moratória que Deus lhe concede. Mas ingrato! rende ele, mais frequentemente, graças à sua estrela, que ao seu Criador.”
(*) clínico geral e psiquiatra