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Síndrome do Piriforme: causas, manifestação e tratamento

Poucas pessoas já devem ter ouvido falar da síndrome a qual irei tratar na coluna de hoje

Dr. José Fábio Lana
Publicado em 04/01/2011 às 10:45Atualizado em 20/12/2022 às 00:59
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Poucas pessoas já devem ter ouvido falar da síndrome a qual irei tratar na coluna de hoje. Além de não ter uma incidência muito alta e de ser de difícil diagnóstico, seu nome é tão estranho quanto a dor que costuma provocar. A Síndrome do Piriforme é um quadro clínico que se manifesta pela irritação do nervo ciático, localizado abaixo do músculo piriforme, que fica na região dos glúteos. Quando este músculo sofre uma tensão, o nervo pode ser encarcerado, provocando a dor e o incômodo. 

A principal função do músculo piriforme é a de auxiliar na rotação externa da coxa, além de ajudar também no seu movimento de abertura. Normalmente, o nervo ciático fica abaixo deste músculo, mas em cerca de 10% dos casos, localiza-se entre o piriforme, aumentando, assim, as chances de desenvolvimento desta síndrome, uma vez que está mais propenso a ser comprimido. 

A dor causada pelo encarceramento do nervo ciático inicia-se na parte de fora da coxa, próxima ao quadril, podendo ser irradiada para as pernas. O desconforto é caracterizado por formigamento, agulhadas, choques ou queimação. Geralmente, se manifesta nas seguintes situações: dor durante ou ao final de uma caminhada; ao levantar-se ou sentar-se; ao esticar as pernas na posição deitada, e ainda, ao se praticar uma atividade física mais intensa. O incômodo pode também provocar uma lombalgia, indicando o comprometimento do ciático. 

A Síndrome do Piriforme é comum em praticantes de esportes que provocam uma tensão maior dos músculos, como aqueles que requerem corrida, mudança de direção ou descarga de peso excessiva. A realização de exercícios localizados para os glúteos, especialmente em cargas muito pesadas, também podem ajudar no aparecimento da dor. Além disso, ficar sentado por muito tempo, com as coxas abertas pode provocar o encurtamento do músculo piriforme e a consequente compressão do ciático. 

O tratamento envolve a analgesia, além de fisoterapia, utilização de compressa de gelo, massagens e um trabalho de alongamento dos glúteos e de fortalecimento da musculatura do quadril, a fim de se obter o equilíbrio muscular. 

Ainda que a síndrome do piriforme não tenha uma alta incidência, fica a recomendação para que, ao sentir qualquer dor ou incômodo prolongados na regiãos do glúteos, procure um especialista para o o diagnóstico e o tratamento. Cuidado redobrado também ao realizar atividades físicas de carga excessiva e exercícios localizados. É fundamental estar sempre sob a avaliação e o acompanhamento de um especialista para que o resultado seja integralmente satisfatório.

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