SAÚDE

Vacinas não causam infertilidade, mas Covid-19 sim, diz estudo

Publicado em 24/01/2022 às 00:29Atualizado em 18/12/2022 às 18:04
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Um novo estudo feito pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, mostrou que se vacinar contra a Covid-19 não causa infertilidade, como algumas pessoas vinham apontando. Entretanto, de acordo com a pesquisa, contrair a doença pode causar infertilidade em homens e em um curto prazo.

Publicado no American Journal of Epidemiology, o estudo avaliou casais que estavam tentando ter um filho e não encontrou nenhuma evidência de que as taxas de fecundação e a probabilidade de concepção sofreram alteração devido à imunização contra a Covid-19. O estudo levou em conta imunizados com a vacina da Pfizer, Janssen e Moderna.

Por outro lado, o estudo aponta que homens que tiveram Covid-19 podem ter a fertilidade reduzida temporariamente, o que os cientistas destacam que poderia ser evitado por meio da vacinação.

Para a pesquisa, os cientistas analisaram dados de 2.126 mulheres e parceiros entre dezembro de 2020 e novembro de 2021. Os pesquisadores calcularam a probabilidade de concepção por ciclo menstrual usando dados do último período menstrual das participantes, duração típica do ciclo e status da gravidez.

As taxas de fertilidade entre as participantes que receberam pelo menos uma dose de uma vacina foram quase idênticas às participantes não vacinadas. A fecundidade também foi semelhante para os homens que receberam pelo menos uma dose de uma vacina em comparação com participantes não vacinados.

Já no caso dos homens que testaram positivo para Covid-19 dentro de 60 dias de um determinado ciclo, reduziram a fertilidade em comparação com homens que nunca testaram positivo.

O resultado é semelhante aos achados em outros estudos que apontam a infertilidade como uma das consequências do coronavírus. Uma pesquisa feita na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), avaliou amostras de tecidos extraídos na autópsia de homens que morreram em consequência da doença. O resultado indicou uma série de lesões testiculares que podem ser atribuídas a alterações inflamatórias que diminuem a produção de espermatozoides.

*Com informações do jornal Estado de Minas

 

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