SAÚDE

Segunda dose da vacina HPV já imunizou cerca de 1.300 meninas

Até terça-feira, 23, 1.308 jovens na idade definida pelo Ministério da Saúde receberam a segunda dose da vacina contra o vírus

Thassiana Macedo
Publicado em 26/09/2014 às 00:48Atualizado em 16/12/2022 às 03:52
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Segundo dados do Departamento de Vigilância Epidemiológica, ligada à Secretaria de Saúde, até terça-feira, 23, 1.308 jovens na idade definida pelo Ministério da Saúde receberam a segunda dose da vacina que protege contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV).

As equipes estiveram na Escola Estadual Bernardo Vasconcelos, no Colégio Tiradentes, na Escola Municipal Professor Anísio Teixeira, Escola Estadual Geraldino Rodrigues da Cunha e Escola Municipal Celina Soares de Paiva (zona rural), onde imunizaram mais 309 meninas. A vacinação já ocorreu, também, na Escola Municipal Monteiro Lobato, Escola Estadual Lauro Fontoura, Escola Municipal José Marcus Cherém, Escola Estadual Anexa à Supam, Escola Municipal Uberaba, Escola Municipal Gastão Mesquita Filho (zona rural), Escola Municipal Frederico Peiró e Escola Estadual Frei Leopoldo de Castelnuovo.

Para as meninas que ainda não foram vacinadas, a segunda dose está disponível em uma das nove Unidades Matriciais de Saúde (UMSs), onde o atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas. “Embora a vacinação tenha entrado no calendário de vacinação, é importante que as adolescentes não percam as datas para a vacina fazer o efeito correto. A segunda dose deve ser aplicada seis meses depois da primeira, e a terceira dose, cinco anos depois”, enfatiza o secretário de Saúde, Fahim Sawan.

O público-alvo da campanha é composto por adolescentes de 11 anos até menores que 14 anos (13 anos, 11 meses, 30 dias). Quem não tomou a primeira dose ainda pode vacinar, desde que tenha a autorização expressa dos pais e o documento de identidade comprovando a idade exigida. Já para tomar a segunda dose é importante levar o cartão de vacinas comprovando que tomou a primeira. A partir do ano que vem, a faixa etária muda para crianças de 9 a menores de 12 anos.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. Mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos devem fazer o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

A vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, com eficácia de 98%. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo. O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer de colo de útero – terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto.

Vale lembrar que o HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.  Em relação ao câncer de colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos.

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