Infectologista Vitor Maluf ajuda a identificar a infecção pela Covid-19 em meio a tantos sintomas parecidos com os da gripe
Foto/Jairo Chagas
Infectologista Vitor Maluf explica que os jovens são o grande desafio da pandemia atualmente
Com mais de um ano de pandemia, as dúvidas sobre o tratamento da Covid-19 continuam a torturar as noites de médicos, enfermeiros e cientistas. O aumento de casos graves entre jovens traz o novo desafio de compreender as circunstâncias do avanço rápido e silencioso da doença nos pacientes abaixo de 60 anos.
De acordo com o médico infectologista Vitor Guilherme Maluf Curi, o quadro recente das infecções pelo novo coronavírus traz sintomas silenciosos, mas de rápido agravamento. Essa situação mascara os entendimentos médicos sobre o atendimento e o tratamento dos pacientes.
“A gente não sabe como a doença vai se portar nas pessoas. Aparentemente, as pessoas que têm comorbidades estão expostas a um risco maior. Mas o que estamos vendo nessa segunda onda são pessoas jovens, sem comorbidades, apresentando casos graves. A doença nos jovens nos deixa desesperados. Nós usamos todos os procedimentos, todo suporte, usamos todo o nosso arsenal e nada funciona”, expõe o médico.
O infectologista informou que, de forma científica comprovada, apenas é possível considerar a utilização de corticoides e anticoagulantes em pacientes com necessidade de intubação e reforço de oxigênio. Nestes casos, Vitor diz que o uso dos medicamentos é “imperioso”.
Além disso, o médico instrui sobre como identificar a infecção pela Covid-19 em meio a tantos sintomas parecidos com os da gripe.
“Normalmente, o coronavírus vem associado com alguns fatores. Cerca de 95% das pessoas infectadas que têm essa doença com evolução mais grave apresentam, nos primeiros dias, muita dor de cabeça, dor no corpo, febre e tosse. Geralmente, a Covid-19 vem associada com outros sintomas. O coronavírus vem aumentando os sintomas gradualmente e deixa a gente sob aviso”, informa Vitor Maluf.