Dormir bem está diretamente relacionado aos reflexos, raciocínio, imunidade, entre outros
Reprodução Clínica do Sono
Dirceu Valladares, psiquiatra e especialista em medicina do sono, explica que dormir mal não afeta apenas o bom-humor Se você anda bocejando pelos cantos, morre de sono, mas não consegue pregar o olho durante a noite ou até mesmo não consegue se desligar das tarefas do dia a dia – ou do medo da pandemia –, é hora de rever alguns hábitos. Isso porque a capacidade de dormir bem é muito importante para diferentes setores, como reflexos, relacionamentos, bom-humor, raciocínio, interação interpessoal, imunidade, entre tantos outros benefícios. “Veja que sem um bom sono ficamos inaptos até para operar máquinas e dirigir automóveis”, exemplifica Dirceu de Campos Valladares Neto, especialista e psiquiatra com área de atuação em medicina do sono. E quanto tempo de sono é realmente necessário para a completa recuperação? “Varia com a idade, de 16 a 18 horas para o recém-nascido a uma média de 7-9 horas para um adulto”, pontua o especialista. Mas existe uma “vilã” nessa equação – a luz elétrica. “Desde o advento da luz elétrica perdemos por volta de duas horas de sono. Mas é preciso reconhecer que há pessoas que necessitam mais horas e outras, de menos horas de sono. Assim, o conceito de dormir bem está relacionado ao número de horas necessárias para acordar com disposição, sem sentir sono durante o dia nem a necessidade de dormir mais nos fins de semana. Acrescento ainda a regularidade na hora de dormir e de acordar, todos os dias”, acrescenta Dirceu Valladares. O especialista em sono ainda faz um alerta a quem se esconde atrás de desculpas como “não tenho tempo para dormir desse tanto”. “É muito interessante observar que as pessoas que de fato dormem bem gastam menos tempo com as suas atividades do dia a dia! Pessoas que dormem bem têm geralmente desempenho melhor na escola e em suas atividades profissionais; apresentam melhor resultado escolar e profissional; têm melhores reflexos; se relacionam melhor; despontam social e economicamente; são mais criativas; vivem mais e adoecem menos.” Ademais, a conta chega e a fatura da falta de sono é alta. “As pessoas que dormem mal tendem a se tornar mal-humoradas, irritadiças, impacientes, impulsivas. O espírito de colaboração decai; tendem mais à mentira e até mesmo à desonestidade. Memória e atenção também podem ser comprometidas”, finaliza Dirceu Valladares. Repense sua relação com o travesseiro e bom sono!