O ano é uma partida de futebol, na qual a prorrogação começa com a correria do Natal
O ano é uma partida de futebol, na qual a prorrogação começa com a correria do Natal, quando é preciso fazer o time voltar logo para o campo, a fim de vencer o jogo. Afinal, depois de doze meses de treinos, estudo de diferentes táticas e tomadas de decisões ousadas, é hora de computar os segundos finais, mostrando, no placar, o resultado daquela batalha que foi o ano.
Na noite de réveillon, questionamos nosso resultado no Ano Velho. Que lances merecem um replay? Quais causariam a demissão do técnico? E no balanço, o time merece ser um campeão?
Se você lê esta crônica, é bom sinal: é um vencedor. É alguém que tem disposição para enfrentar o Ano Novo. Alguém que enfrentou mais de uma noite de tempestade e conseguiu sobreviver para esperar os dias bons, com sol e vento fresco!
Ao pular sete ondas, comer lentilhas e tomar champanhe, comemora-se não apenas a vinda do Ano Novo. Nem só o lento fim da jornada do Ano Velho. O jantar do réveillon é a celebração de nossas conquistas individuais. É quando revemos nossos projetos pessoais, computamos ganhos e perdas e, com base nessa reflexão, criamos o plano de ação para os próximos 365 dias (talvez até mais).
No instante em que colocarmos na parede o calendário de 2011, veremos os meses, semanas, dias que teremos para preencher com nossos sonhos. E nossa responsabilidade maior é fazer com que, nesse ínterim, todos ao nosso redor vivam em harmonia, prosperidade e, sobretudo, que tenham paz, fundamental para a plenitude.
É por isso que gostaria de desejar, a todos, que tenham força e criem oportunidades para serem vencedores também em 2011. Torço para que alcancemos nossas metas. Se aparecerem tropeços, que surjam soluções. Que bons acontecimentos sejam em maior número que infortúnios. E que possamos fazer muitas contagens regressivas para outros tantos anos.
E vamos entrar em campo para uma nova partida. Sofrer um gol não significa tanto, pois sempre pode acontecer uma virada. O que não vale é entregar o jogo. Viver é lutar, e quem luta não se entrega. Feliz 2011!
(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro