Vereador pede presença de secretário e superintendente de bem-estar animal para esclarecimentos
O vereador Diego Rodrigues (PDT) protocolou um ofício na Prefeitura de Uberaba solicitando informações sobre o funcionamento dos convênios e das ações da Superintendência de Bem-Estar Animal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente. A iniciativa busca entender como estão sendo aplicados os recursos destinados à causa animal no município, que segundo o parlamentar, é um montante que ultrapassa R$ 5 milhões, parte do qual é direcionado ao convênio com o Hospital Veterinário da Uniube.
Durante entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM, Diego criticou a falta de transparência e organização na gestão. Segundo ele, é necessário saber com clareza como funciona o convênio, quais os critérios de seleção para atendimento, prioridades estabelecidas e qual o público-alvo — se os serviços são voltados a abrigos, animais de rua ou de casos particulares.
“Recebemos diversas reclamações de que a Superintendência de Bem-Estar Animal nem responde às solicitações. Muitas vezes, os atendimentos chegam com atraso de cinco ou seis dias, quando o animal, provavelmente, já morreu. Precisamos de explicações”, afirmou Diego.
O vereador também destacou que entidades como o Abrigo dos Anjos, fundada em 2011 pela ex-vereadora Alessandra Piagem, recebem valores insuficientes para manter suas atividades. “Hoje, o convênio repassa cerca de R$ 35 mil por mês, se me lembro bem, para a ONG, que cuida de mais de 700 animais. Isso está longe de suprir as necessidades. Não é fácil e nem barato manter esse trabalho. Embora o convênio esteja sendo pago, as emendas impositivas representam um respiro para essas instituições. É um extra importante”, pontuou.
Além do ofício, o parlamentar afirmou ter feito requerimento de convocação do secretário municipal de Meio Ambiente, Edno César da Silveira, e da superintendente de Bem-Estar Animal, Ana Paula Boaventura. O objetivo é que ambos prestem esclarecimentos formais sobre os critérios, a estrutura da pasta e a distribuição dos atendimentos.
“Antes de mudar as regras, é preciso entender quais são as atuais. Quando sou acionado e solicito atendimento, eles me respondem. Mas os próprios munícipes que, muitas vezes, acionaram a Superintendência antes, para o mesmo caso, ficam ser qualquer retorno da pasta. E às vezes, uma resposta negativa, ainda é menos pior do que não ter resposta nenhuma. Hoje, a Superintendência de Bem-Estar Animal é uma das piores do município”, finalizou.
A reportagem do Jornal da Manhã acionou a superintendente Ana Paula Boaventura, mas não obteve retorno. O espaço está aberto à manifestação.