POLÍTICA

Vereador agride presidente do Legislativo em plenário

Peemedebista atacou verbalmente o presidente Luiz Humberto Dutra. As afirmações foram decorrentes da discussão em torno do Projeto de Lei para concessão de área à Cohagra

Daniela Brito
Publicado em 17/02/2011 às 23:13Atualizado em 20/12/2022 às 01:38
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Atitude inusitada do vereador Antônio Carlos Silva Nunes (PMDB) marcou a sessão legislativa realizada ontem na Câmara Municipal de Uberaba. O peemedebista atacou verbalmente o presidente Luiz Humberto Dutra (PDT). As afirmações foram decorrentes da discussão em torno do Projeto de Lei (PL 07/11) para concessão de área à Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande (Cohagra), de autoria do prefeito municipal. A área, localizada no Elza Amui, será destinada à construção de um loteamento para famílias com renda de três a seis salários mínimos, para atender ao programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Tony Carlos queria incluir na proposta o nome “Parque das Florestas” para o loteamento. No entanto, o presidente avaliou que a questão não cabia discussão naquele momento, pedindo para o assunto acontecer no momento oportuno, quando da aprovação do loteamento ou através de outro projeto de lei ou por decreto do prefeito. Inclusive, o líder, vereador Cléber Humberto Souza Ramos (PMDB), também concordou com o presidente. Como o vereador insistia na proposta, Dutra ordenou o corte no som do microfone do parlamentar, visto que o tempo dele também havia se esgotado. A reação do peemedebista foi gritar (já que o microfone estava desligado) com o presidente, utilizando as expressões “sujeitinho ignorante” e “desqualificado”. O episódio foi transmitido ao vivo pela TV Câmara.

Depois de restabelecida a ordem, o 1ª secretário, vereador Carlos Alberto de Godoy (PTB), leu os artigos no Regimento Interno, que davam condição de levar adiante o pleito de Tony Carlos. Mas, para conseguir “batizar” o loteamento, o peemedebista precisava da maioria absoluta de votos, ou seja, dez. Tony Carlos recebeu apenas o apoio dos vereadores Marcelo Borges (PMDB), Samuel Pereira (PR), Jorge Ferreira (PMN) e Afrânio Lara Rezende (PP).

Somente após este embate o projeto foi colocado para discussão, tendo como representante da Cohagra o assessor jurídico Ronaldo Freitas. De acordo com ele, a área possui 90 mil metros quadrados, com possibilidade de se formatar 225 lotes. No local serão erguidas 215 residências e o restante dos terrenos será destinado a estabelecimentos comerciais. A concessão da área foi aprovada com onze votos, com aprovação de emenda do vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) solicitando o retorno da área à Prefeitura de Uberaba caso o loteamento não seja viabilizado pela Cohagra.   A emenda foi aprovada com o respaldo do líder do prefeito. O prazo para viabilizar o empreendimento será de dois anos.

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