SERVIÇO

Uniube quer agilizar fluxo de internações nas UPAs

As informações sobre a gravidade do paciente deverão ser analisadas na triagem, quando a instituição já poderá iniciar a busca por leitos hospitalares, caso a avaliação aponte necessidade

Gisele Barcelos
Publicado em 06/10/2023 às 22:54
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O médico Raelson Batista diz que uma das linhas de atuação da nova gestora será antecipar a entrada com o pedido de solicitação de leito hospitalar  (Foto/Arquivo)

O médico Raelson Batista diz que uma das linhas de atuação da nova gestora será antecipar a entrada com o pedido de solicitação de leito hospitalar (Foto/Arquivo)

Com meta de agilizar a transferência de pacientes que precisam de internação hospitalar, a nova entidade gestora planeja alterações no fluxo de entrada das UPAs e, também, no processo para solicitação de leitos no sistema municipal de regulação. As mudanças devem ser implementadas após a Sociedade Educacional Uberabense (SEU) assinar contrato e assumir efetivamente o gerenciamento das unidades.

Integrante da equipe técnica da instituição, o médico Frederico Ramos adiantou que uma das propostas da nova gestora é mudar o trâmite do paciente ao dar entrada na UPA. Ele cita que, atualmente, a pessoa primeiramente realiza o cadastro e só depois passa por triagem para a classificação de risco do caso. “O mais lógico é primeiro fazer a classificação do paciente para determinar a prioridade do atendimento. Não posso inverter essa ordem. Senão, o paciente vai rebaixando e deixa de ser médio risco para virar alto risco”, ressaltou.

Também integrante do corpo técnico da nova gestora, o médico Raelson Batista acrescentou que outra linha de atuação será antecipar a entrada com o pedido de solicitação de leito hospitalar para pacientes com quadros mais graves.

Segundo o profissional, a equipe não pode esperar, por exemplo, até a conclusão de um procedimento de reanimação para solicitar um leito hospitalar para um paciente que chegar à UPA com uma parada cardíaca.

Em casos assim, ele afirma que a diretriz a ser adotada é dar andamento ao pedido de vaga no momento da classificação de risco na entrada. “Por que tenho de esperar todo o processo de reanimação para só depois comunicar o complexo regulador do município que vou precisar de um leito? Isso pode começar em paralelo, já no momento da classificação de risco. Ganho um tempo que parece pouco, mas é muito precioso”, disse.

Além disso, Raelson informou que será implementado um sistema de inteligência artificial que analisará as palavras utilizadas no prontuário e os exames solicitados pelo médico responsável pelo atendimento, emitindo alertas de casos com maior probabilidade de internação hospitalar. “Por exemplo, se aparece suspeita de apendicite no laudo de uma tomografia e dependendo dos exames realizados, a ferramenta aponta que a probabilidade de esse paciente precisar de um leito para internação cirúrgica é superior a 90% e se antecipa e dá alerta à nossa central”, contou.

O médico ainda posicionou que a nova entidade gestora fará o monitoramento de indicadores, como o tempo de reinternação do paciente em 24 horas e até 30 dias. “Se eu faço o atendimento e o paciente é liberado, mas em menos de 24 horas retorna para a unidade com a mesma queixa ou mais grave, é obvio que preciso rever o atendimento inicial para ver se não consegui perceber o que estava acontecendo”, finalizou. 

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