Ministro de Minas e Energia se reuniu com dezenas de associações e empresas do setor para apresentar as principais diretrizes do programa, que tem por objetivo destravar a indústria nacional
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Encontro do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com dezenas de associações e empresas do setor serviu para apresentar as principais diretrizes do Programa Gás para Empregar. E, conforme o ex-prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, o município foi confirmado como projeto piloto nesta iniciativa.
O ministro defendeu a democratização do acesso às estruturas de escoamento e processamento de gás natural no país — hoje concentradas nas mãos da Petrobras — como forma de reduzir o preço do produto e impulsionar a indústria nacional. A declaração foi feita durante o encontro.
A iniciativa do governo federal busca ampliar a oferta de gás natural, destravar investimentos e estimular o crescimento industrial, com foco na redução das tarifas nas etapas de escoamento, processamento e transporte — responsáveis por até 80% do valor final do insumo.
Silveira foi enfático ao afirmar que o Brasil possui um dos preços de gás mais altos do mundo, reflexo de deficiências estruturais e regulatórias que precisam ser enfrentadas com seriedade e diálogo. “O país ainda desconhece, de forma clara, a composição do custo do gás natural. Temos agora uma grande oportunidade de mudar esse cenário”, afirmou o ministro.
Durante o evento, o ex-prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, destacou a importância do momento. Segundo ele, é a primeira vez que o Ministério reúne entidades, empresários e empresas interessadas na utilização do gás, com o anúncio concreto da viabilidade do programa. “Uberaba foi incluída como projeto piloto no Gás para Empregar. É o reconhecimento de mais de dois anos de trabalho dedicado à implantação do nosso Distrito Gás-Químico”, celebrou.
Para Anderson, a redução de US$16 para cerca de US$7 por milhão de BTU é o impulso que faltava para que os investimentos no setor sejam realizados. “Esse projeto vai começar uma nova história na distribuição do gás”, diz o ex-prefeito.
Silveira também informou que o governo já está avançando para realizar o primeiro leilão de gás da União. A expectativa é que essa oferta inicial, ainda que limitada, possa ser feita a preços mais acessíveis do que os praticados atualmente — passando de US$16 para cerca de US$7 por milhão de BTU.
“A abertura do mercado, com transparência e segurança jurídica, é essencial. Precisamos também discutir o preço do transporte e da distribuição, sempre respeitando os contratos vigentes, mas garantindo que o interesse público e o desenvolvimento nacional estejam no centro dessa política”, concluiu o ministro.