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A Câmara Federal pode ter que mudar, ainda no primeiro semestre deste ano, a composição de bancadas estaduais. O Supremo Tribunal Federal (STF) deu o prazo até 30 de junho para que o número de cadeiras seja atualizado pelo Censo 2022. Caso a medida seja confirmada, Minas Gerais ganharia mais um deputado no Congresso, mas ainda não há informação sobre qual partido seria beneficiado.
O número de cadeiras na Câmara dos Deputados muda de acordo com a quantidade de vagas e a população de cada Estado. A representação, no entanto, não é atualizada desde 1993 e a defasagem é alvo da contestação feita pelo governo do Pará junto ao STF. O Estado pode ganhar quatro cadeiras com a atualização do número de habitantes, conforme o Censo de 2022.
Com o recálculo baseado no último Censo de 2022, sete estados perderiam vagas: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Enquanto isso, outros sete ganhariam representatividade.
Há bancadas que podem perder cadeiras e pressionam para que haja um adiamento da mudança. Já as bancadas que podem ganhar vagas são favoráveis à alteração. Caberá ao sucessor de Arthur Lira (PP-AL) na Presidência da Câmara coordenar essa articulação. O favorito para o cargo é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que já é procurado pelas bancadas interessadas no assunto.
Para contornar o impasse, estados que perderiam vagas na Câmara passaram a tentar negociar uma solução: as bancadas que hoje são prejudicadas seriam compensadas a partir da criação de novas cadeiras. Assim, nenhum estado perderia cadeiras. A proposta pretende ampliar as atuais 513 cadeiras para um total de 531, criando 18 novas vagas.