Titular da 15ª Promotoria de Justiça (Defesa do Patrimônio Público e Tutela de Fundações), José Carlos Fernandes, instaurou inquérito civil público para investigar possível omissão da Ubercon (Uberaba Concessões Ltda.) em relação à adoção de medidas de segurança aos usuários do terminal rodoviário de Uberaba.
A ação do integrante do Ministério Público atende à representação do vereador Paulo César Soares (China) – PMN. O parlamentar levou ao plenário da Câmara Municipal de Uberaba (CMU) reclamações de usuários do terminal rodoviário sobre a questão de segurança, uma vez que o local receberia uma grande quantidade de pedintes e moradores de rua.
O vereador move ação popular contra a terceirização da rodoviária e a empresa Ubercon, concessionária do terminal. Ele pede na ação, inclusive, o fim do contrato, que, absurdamente, vale até 2063.
Em seu despacho, José Carlos Fernandes, solicitou à Polícia Militar o envio dos Registros de Eventos de Defesa Social (REDS) dos últimos 12 meses envolvendo condutas delituosas no terminal rodoviário.
Solicitou à Ubercon que envie à Promotoria de Justiça as medidas que adotou nos últimos 12 meses ou que pretende implementar para garantir a segurança dos usuários, inclusive, detalhando a estrutura e pessoal envolvidos.
A reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com a administradora da concessionária Ubercon, Rosa Eli Cardoso Martins. Ela disse que não tem conhecimento do procedimento aberto pelo Ministério Público.
O Terminal Rodoviário de Uberaba foi inaugurado em 1974. Atualmente, ocupa uma área de 20 mil metros quadrados. O terminal conta com 40 funcionários responsáveis pela administração, segurança, limpeza e das viações, para garantir mais conforto e comodidade aos usuários. A rodoviária tem um fluxo de mais de três mil pessoas por dia, chegando a atender cerca de um milhão de passageiros por ano.