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Luiz Dutra, secretário municipal de Governo, é o responsável por coordenar os trabalhos do grupo e diz que o prazo é suficiente Em meio a impasse sobre área de preservação na Quinta da Boa Esperança, Prefeitura institui grupo de trabalho para apresentar estudo de ocupação do espaço. Uma proposta para implantação de condomínio residencial no terreno surgiu no ano passado e vem sendo contestada desde então por ambientalistas. O grupo de trabalho terá prazo de 20 dias para realizar as análises e apresentar um relatório ao prefeito Paulo Piau (MDB) com o estudo de viabilidade para ocupação da área. O documento deverá indicar uma solução para o uso do espaço. À frente da coordenação do grupo, o secretário municipal de Governo, Luiz Humberto Dutra, assegurou que o prazo será suficiente para concluir o trabalho. Ele salienta que a primeira ação está prevista para depois do recesso de carnaval. “Temos primeiro que fazer uma visita à área, junto com os proprietários, para coletar informações sobre a metragem e a proposta de empreendimento que desejam fazer lá”, pondera. A visita in loco está programada para a próxima sexta-feira (8). O secretário afirma que em seguida será feita uma análise global para chegar a uma proposta que não represente prejuízos ao município. “Tenho certeza vamos chegar num denominar comum. Não queremos atrapalhar o desenvolvimento da cidade e nem causar impacto ao meio ambiente”, pondera. A área, até agora 100% preservada, é alvo de impasse referente à compra e venda. A Lei Complementar de 2006, que instituiu o Plano Diretor do município, reservou a propriedade para implementação de um parque. Os donos do imóvel têm interesse em loteá-lo e, caso o empreendimento imobiliário saia do papel, apenas 35% da área devem ser reservados para Área de Preservação Permanente (APP). No início do mês, a situação da APP na Quinta da Boa Esperança voltou à pauta no governo municipal e uma reunião foi feita com ambientalistas para tentar avançar nas articulações. No encontro foi apresentado um abaixo-assinado que defende a implantação do parque e preservação de 100% da área ambiental, sem o condomínio residencial.