A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizou uma análise sobre a reforma da Previdência feita por professores e pesquisadores. Por meio do estudo foi concluído que, a curto prazo, a reforma pode ter um efeito negativo ou nulo na economia brasileira. De acordo com a pesquisa, poderá haver prejuízos no crescimento da economia e também um aumento das desigualdades.
No entanto, um dos coordenadores da pesquisa, Edson Domingues, destaca que a reforma vai cortar uma série de benefícios e que no curto prazo haverá uma redução na renda das aposentadorias.
De acordo com Domingues, a reforma da Previdência sozinha não melhora a economia, “porque, na verdade, ela é uma redução de renda”. Ele explica que em um cenário de longo prazo, até existe a expectativa de retomada econômica e de equalização do déficit das contas públicas com relação à Previdência. No entanto, “é totalmente dissociada dos mecanismos intrínseco (inerente) à reforma da Previdência que corta benefícios e rendas na economia”.
“O que o estudo mostra é que se você não tem um efeito de investimento, o efeito será uma queda da atividade econômica”, pontuou Domingues.
Em contraponto, o professor de relações internacionais, Adriano Cerqueira, diz que a reforma da Previdência será importante para uma nova visão dos investidores no país e que é polêmico afirmar que, em curto prazo, ela causará prejuízo ao setor econômico. “Qualquer mudança que dê afogo nas contas públicas é importante”, avalia.
A reforma da Previdência será votada em segundo turno na volta do recesso parlamentar na Câmara Federal e depois vai à discussão no Senado.
*Com informações de Rádio Itatiaia