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Embaixada da Hungria demite brasileiros após vazamento de vídeos de Bolsonaro

Embaixada da Hungria no Brasil demitiu dois brasileiros após a divulgação de vídeos do circuito de segurança que mostram Bolsonaro hospedado na representação diplomática

O Tempo
Publicado em 03/04/2024 às 10:12
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Imagens de câmeras de segurança mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro no estacionamento da embaixada da Hungria (Foto/The New York Times/Reprodução)

Imagens de câmeras de segurança mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro no estacionamento da embaixada da Hungria (Foto/The New York Times/Reprodução)

A embaixada da Hungria no Brasil demitiu dois funcionários brasileiros após a divulgação de vídeos do circuito de segurança que mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) hospedado na representação diplomática de 12 a 14 de fevereiro, no feriado de Carnaval.

Bolsonaro confirmou a estadia na embaixada depois que as imagens foram tornadas públicas por meio de reportagem do jornal norte-americano The New York Times. O ex-presidente alegou que ficou dois dias no prédio para fazer contatos com autoridades húngaras. 

A Polícia Federal investiga o episódio, sob a suspeita de Bolsonaro ter se abrigado na embaixada estrangeira para escapar de possível mandado de prisão. Ele entrou no prédio após ter o passaporte apreendido em operação que apura suposto plano de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pouco antes de se hospedar na representação diplomática, Bolsonaro ainda publicou nas redes sociais um vídeo convocando apoiadores para um ato na Avenida Paulista, em São Paulo. O ex-presidente mora a 13 quilômetros da embaixada húngara.

Investigadores e analistas de política internacional acreditam que Bolsonaro pode ter procurado a embaixada para pedir asilo em caso da expedição de um mandado de prisão contra ele. O ex-presidente não poderia ser preso em um lugar considerado território de outro país.

Bolsonaro permaneceu no prédio durante dois dias acompanhado por dois seguranças e na companhia do embaixador húngaro, Miklos Tamás Halmai, e de integrantes da equipe diplomática. Outros funcionários foram mandados para casa assim que um carro chegou com Bolsonaro.

Halmai foi chamado ao Ministério das Relações do Brasil para dar explicações à secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, Maria Luísa Escorel. O diplomata húngaro repetiu os argumentos de Bolsonaro.

A equipe de O TEMPO em Brasília pediu à Embaixada da Hungria uma entrevista com Halmai e uma posição sobre a demissão dos funcionários brasileiros, mas, até a mais recente atualização desta reportagem, não teve resposta. O espaço continua aberto para qualquer manifestação.

Fonte: O Tempo

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