POLÍTICA

Audiência debate o destino de área da extinta planta de amônia

Governador Romeu Zema não estará presente, como era esperado, mas integrantes da equipe do Estado acompanharão o evento

Gisele Barcelos
Publicado em 11/04/2022 às 14:27Atualizado em 18/12/2022 às 19:02
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Área onde começou a ser edificada a planta de amônia no Distrito Industrial 3, cujo destino será debatido em audiência hoje (Foto/Reprodução)

Sem presença do governador Romeu Zema (Novo), audiência pública será realizada nesta terça-feira (12) em Uberaba, para discutir propostas para destinação da área da extinta fábrica de amônia no Distrito Industrial 3. O evento, entretanto, contará com a participação de outros integrantes da equipe do governo estadual.

A expectativa, inicialmente, era a vinda do governador para a audiência. Ele foi convidado publicamente na última visita a Uberaba. No entanto, a agenda oficial de Zema hoje tem apenas compromisso em Pouso Alegre, no Sul de Minas.

Mesmo assim, o Estado terá representantes na audiência pública. O evento contará com a participação do subsecretário do Tesouro Estadual da Secretaria da Fazenda, Fabio Amaral, e também do subsecretário do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) da Secretaria de Planejamento e Gestão, Rodrigo Matias.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos, minimizou a ausência do governador na audiência. Segundo ele, apesar da participação de Zema dar peso ao evento, não seria necessária, porque o objetivo central é promover uma conversa com os investidores do setor privado para definir sobre o futuro da área. “A fábrica de amônia precisa de investimento acima de R$11 bi para viabilizar o gás e a planta. Precisamos de um investidor. Então, estamos convidando vários empresários não só daqui de Minas e de outros estados brasileiros, mas também do exterior para colocar na mesa todas as condições”, salientou.

Ramos ponderou que a área pertence ao Estado e uma discussão ampla com a comunidade é necessária para analisar as opções existentes para a utilização da propriedade, pois existe um custo de manutenção. “O governo mineiro tem muitos terrenos e, também, sofre pressão para vender essas áreas. O secretário da Fazenda colocou que há perigo de invasão e é preciso manter guarda, além de roçar e limpar. Então, há o custo para manter esses terrenos parados e o governo não pode ficar com esses terrenos ad aeternum parados. Por isso, precisamos estudar com os empresários se vamos continuar investindo na planta de amônia e se tem outras alternativas”, disse.

A realização da audiência está sendo articulada desde o fim do ano passado. O Governo de Minas tentou, por duas vezes, fazer o leilão da área no Distrito Industrial 3, mas acabou atendendo à reivindicação do município para tirar o imóvel da lista de propriedades a serem vendidas. A proposta do evento é fomentar a discussão de projetos com viabilidade econômica para a área que seria destinada à planta de amônia da Petrobras.

Uma das propostas, conforme o secretário, é que o imóvel da extinta planta de amônia em Uberaba abrigue uma termoelétrica. Segundo ele, a localização ao lado de linhas de alta tensão e do rio Grande são condições ideais para receber o empreendimento. A possibilidade começou a ser ventilada a partir da aprovação da Medida Provisória da privatização da Eletrobras. O texto estabeleceu regiões que serão beneficiadas para a construção de novas térmicas e o Triângulo Mineiro está incluído na lista. “Estamos trabalhando para trazer essa térmica para cá”, finalizou. (GB)

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