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Vereador com atuação polêmica, Thiago Mariscal (MDB) foi até a Unidade de Pronto-Atendimento do bairro São Benedito (UPA-SB) filmou o local, iniciou discussão com profissionais que trabalham no local, teve de ser contido por policiais militares e terminou agredido. A confusão generalizada foi registrada em Boletim de Ocorrência da Polícia Militar ontem (21).
Segundo relato do BO, os agentes foram acionados por funcionários da UPA-São Benedito, que relataram invasão por parte do vereador em ambientes reservados. Na sequência, o vereador, segundo os funcionários, filmou o local sem autorização, questionou a falta de profissionais no local, proferiu xingamentos e o clima esquentou.
Agentes foram até o local e solicitaram que o vereador se retirasse à um local de livre acesso. Após tentativas sem sucesso, os policiais utilizaram técnicas de contenção para fazer a retirada do vereador, momento em que o Mariscal começou a desferir palavras contra um agente, chamando-o de pessoa má, despreparado, ruim de serviço, entre outros, segundo o BO.
Os policiais começaram a lavrar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e o legislador se prontificou a comparecer em juízo quando solicitado.
Nos trâmites de praxe, o vereador foi submetido a atendimento médio para confecção de laudo sobre o estado de saúde. Devido desentendimento anterior, profissionais de saúde começaram a proferir xingamentos contra o vereador. Ele começou a filmar a ação, momento que um dos enfermeiros desferiu o soco contra o pescoço de Thiago Mariscal.
Os policiais abortaram a confecção do laudo médico e o retiraram da UPA devido estado alterado das partes.
Todos foram apresentados à autoridade policial, onde apresentaram, cada um, suas versões para o ocorrido.
Após sair da delegacia, Thiago Mariscal falou com a reportagem do Jornal da Manhã. Disse que foi chamado ao local por usuários que estavam na unidade de saúde e aguardavam atendimento há muito tempo, afirmou que estava cumprindo seu papel de fiscalizador, que os agentes utilizaram truculência demasiada, que há sumiço de profissionais durante as madrugadas e que a atuação na área da saúde não é contra as pessoas e sim contra a gestão, que segundo ele é ineficaz.