Político afastado contesta versão e afirma que ela se auto agrediu
O vereador de Uberlândia afastado do cargo, Juliano Modesto (SD) é acusado de agredir a esposa. Ele foi liberado da Delegacia de Plantão da Polícia Civil na noite desta sexta-feira (21), depois de prestar depoimento. O caso será investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher.
O delegado regional da Polícia Civil na cidade, Marcos Tadeu Brandão disse que um inquérito foi instalado, embora a vítima tenha desistido de dar sequência à denúncia.
O desentendimento entre o casal foi registrado nesta sexta-feira (21) depois que a esposa procurou a Polícia Militar para denunciar uma violência doméstica. Para a polícia, o vereador negou os fatos e, por meio do advogado de defesa entregou um suposto vídeo da mulher se agredindo
O advogado de defesa do político disse que o próprio vereador procurou a polícia com um vídeo que mostra a denunciante se agredindo, segundo ele, para incriminá-lo. “A defesa do vereador Juliano lamenta que a esposa, em um momento de crise, tenha se autoagredido para poder incrimina-lo. Juliano Modesto, ainda pela manhã, procurou a polícia e entregou vídeo que comprova que não a agrediu”.
No 17º Batalhão da PM, a mulher afirmou que desde que o marido saiu da prisão começaram discussões e ameaças.
“Descobri sobre uma amante e falei que ia procurar a Justiça para falar a verdade. Aí começaram as ameaças. Agora ele está tentando me colocar de louca”, alegou. “Ele chegou em casa com uma grande quantidade de dinheiro e eu falei que não queria, pois não sabia de onde era, que era sujo. Aí começou a briga. Ele me agrediu com palavras e depois me deu tapas. Em seguida pegou uma faca de serra e começou a me cortar”, acrescentou.
No vídeo feito pelo vereador e entregue à Polícia Civil, as imagens mostram uma discussão no quarto e Lidiane dando um tapa nela mesma. Em seguida, se tranca no banheiro.
Vereador afastado
O vereador afastado do cargo, Juliano Modesto, tinha sido preso em outubro de 2019, durante a Operação "Torre de Babel'. Ele é investigado pelo crime de obstrução de Justiça em um esquema fraudulento de 2017, que envolvia transporte escolar na cidade.
Na época, o político tinha quatro mandados de prisão preventiva das operações "Torre de Babel", "O Poderoso Chefão", "Má Impressão" e "Guardião".
*Com informações G1