*Atualizada às 12h30
Foto/Sandro Neves
Policiais federais cumprem 16 mandados judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão, e nove mandados de condução coercitiva na manhã desta quinta-feira (30).
A operação, intitulada Estirpe, tem o objetivo de colher provas a respeito de associação criminosa formada por servidores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), da Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu) e proprietários de empresas que teriam se organizado para desvio de recursos públicos. O dinheiro havia sido destinado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para aplicação no Complexo Cultural e Científico de Peirópolis.
De acordo com a Polícia Federal, o desvio dos recursos públicos aconteceu por meio do superfaturamento de materiais e serviços fornecidos pelas empresas, pagamento por materiais e serviços que não foram entregues, e alteração da qualidade de materiais entregues.
Por meio das investigações foi possível verificar que duas das empresas beneficiadas receberam juntas, aproximadamente, 60% dos recursos disponibilizados para o projeto e que estas mesmas empresas são ligadas a uma servidora da UFTM, responsável por fiscalizar a execução do convênio.
As fraudes apuradas resultaram em prejuízo de cerca de R$1.800.00,00 aos cofres públicos.
Curiosidade. O nome da operação, Estirpe, está relacionado ao fato de que os proprietários das duas empresas que estariam no centro das irregularidades possuem parentesco com a servidora da UFTM. Portanto, da mesma estirpe ou tronco familiar.
Outro lado. Em nota enviada à imprensa, a Funepu esclarece que todo o processo licitatório citado na investigação referente a destinação de recursos federais para o Complexo Cultural e Científico de Peirópolis foi feito na modalidade de pregão eletrônico, em que os interessados manifestam virtualmente o interesse na prestação de serviços. Portanto, a Funepu afirma que não há relação direta e pessoal com as empresas candidatas.
A Fundação informa, ainda, que seguiu rigorosamente todos os requisitos para um processo licitatório dessa natureza, incluindo divulgação no Diário Oficial da União, configurando, assim, a ampla concorrência.
Por fim, a nota reforça que tem contribuído diretamente com as investigações da Polícia Federal e Ministério Público, para que a situação seja esclarecida o mais breve possível.
As informações completas na edição desta sexta-feira (01) do Jornal da Manhã.