Operação Fogo de Palha, da Polícia Federal de Uberaba, cumpriu na manhã de ontem cinco mandados de busca em Iturama (MG) e Urânia (SP). Três armas foram apreendidas por ter sido adquiridas com a utilização de documentos falsos. Entre os quatro mandados cumpridos em Iturama, um aconteceu numa loja de materiais de caça e pesca, outro na casa de um funcionário e despachante do mesmo estabelecimento, outros dois em residências de Iturama e o último em imóvel em Urânia. Os envolvidos não foram presos, pois ainda serão ouvidos pela PF. Foram apreendidas duas pistolas calibre 380 e uma carabina calibre 38, todas com munições, durante a operação Fogo de Palha. Duas armas estão em Uberaba e a outra pistola se encontra em Urânia, mas será trazida à cidade mineira. Além disso, um notebook e vários documentos dos três envolvidos na fraude, os quais não têm passagens policiais, também foram apreendidos para os próximos passos da investigação. Ninguém foi detido porque não há elementos que comprovem o pedido de prisão. O chefe da Delegacia da Polícia Federal de Uberaba, delegado Marcelo Xavier, informou que a operação aconteceu depois que recebeu informações de que um despachante de Iturama estaria num esquema de apresentação de documentos falsos na Delegacia da PF de Uberaba para obter os registros das armas. “Todos colaboraram com nossa busca e entregaram suas armas e os documentos que foram solicitados. Uma grande questão que precisamos descobrir é por que eles preferiram fazer o uso de documento falso ao invés de apresentar os documentos verdadeiros na delegacia”, afirmou. O objetivo da operação Fogo de Palha, segundo o delegado da PF de Uberaba, é buscar mais provas do esquema que este despachante estaria desenvolvendo por meio de documentação falsa na delegacia da PF de Uberaba e com o intuito de auxiliar na aquisição de armas de fogo por seus clientes. “Eles apresentaram falsos documentos de residências e do trabalho dessas pessoas”, completou Marcelo Xavier. Agora a PF de Uberaba vai ouvir os três envolvidos para que expliquem por qual motivo apresentaram os documentos falsos e verificar se há participação de mais pessoas na fraude. Os indivíduos estão sendo investigados pelos crimes de uso de documento falso, falsificação de documento particular e suspeita de tráfico de influência. As penas para cada crime são de no máximo cinco anos.