O homicídio, segundo o delegado Cyro Outeiro, será investigado levando em consideração a qualificadora feminicídio
Foto/Arquivo
O homicídio contra Karoline, segundo o delegado responsável pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Cyro Outeiro, será investigado levando em consideração a qualificadora feminicídio. Desta forma, dos seis assassinatos contra mulheres este ano em Uberaba, cinco têm a qualificadora denominada feminicídio. Segundo informações do delegado Cyro Outeiro não pode ser considerado feminicídio e sim homicídio qualificado o caso de mulher que matou a irmã a facadas e enterrou o corpo nos fundos de casa, no bairro Abadia, no dia 20 de fevereiro. Nos outros cinco homicídios contra mulheres que têm a qualificadora feminicídio, ainda conforme o delegado, os acusados, provavelmente, sofrerão uma pena maior que o caso da mulher que matou a irmã.
Desta forma, além deste recente caso, são considerados feminicídios os casos do agente penitenciário suspeito de matar a esposa no dia 1º de janeiro em residência do casal no Alfredo Freire 3; o do suspeito de assassinar a ex-mulher e a enteada no dia 15 de janeiro em casa das vítimas no Parque das Gameleiras e o caso do homem que matou a namorada, em 13 de fevereiro, em residência da vítima, também no Parque das Gameleiras. Em todos estes quatro casos, assim como no recente assassinato, há indícios de violência doméstica e familiar contra a mulher e, por isso, pode ser considerado feminicídio.
O número de homicídios contra mulheres este ano em Uberaba pode ser considerado preocupante, pois em pouco mais de quatro meses quase que empata com os casos dos dois anos anteriores. Segundo informações da DHPP, em 2016 e 2017 foram assassinadas quatro mulheres em cada ano, enquanto este ano, seis mulheres já foram assassinadas.