TRAGÉDIA

Militar morto em serviço em BH é sepultado com honras militares

Carlos Paiva
Publicado em 09/01/2024 às 20:20Atualizado em 09/01/2024 às 20:21
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O sargento PM Dias foi atingido por disparos durante perseguição a um presidiário que gozava do benefício da saidinha  (Foto/Reprodução)

O sargento PM Dias foi atingido por disparos durante perseguição a um presidiário que gozava do benefício da saidinha (Foto/Reprodução)

O corpo do sargento da Polícia Militar (PM) Roger Dias da Cunha, de 29 anos, o sargento PM Dias, foi sepultado ontem e com honras militares, em jazigo de honra da PM no Cemitério Bosque da Esperança, na região Norte de Belo Horizonte. Na segunda-feira (8), a família do militar fez a doação de órgãos.

O sargento PM Dias foi baleado na cabeça por um presidiário que gozava do benefício da “saidinha” de Natal, na sexta-feira (5), durante perseguição no bairro Novo Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte.

O criminoso apontado como autor dos disparos que tiraram a vida do militar tem 26 anos e é detentor de 18 passagens policiais. Ele foi preso em seguida por policiais militares. 

O sargento PM Dias foi socorrido e passou por duas cirurgias assim que foi levado para o Hospital João XXIII, sendo uma delas para conter a pressão intracraniana e a outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria.

O Ministério Público foi contra a saída do autor do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.

A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que ele não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tenha apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu retorno.

A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) emitiu comunicado em que disse ser “lamentável” vincular o ataque a tiros ao policial militar Roger Dias da Cunha à decisão que concedeu o benefício da saída temporária ao suspeito do crime. Segundo a entidade, o caso reflete problemas como a desigualdade social e a existência de uma sociedade “cada vez mais violenta”. 

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