DENÚNCIA

Mães acusam cuidadoras de creche de maus-tratos contra crianças de 3 anos

Carlos Paiva
Publicado em 27/02/2024 às 20:56Atualizado em 28/02/2024 às 09:02
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Creche Comunitária Frei Gabriel de Frazzanò, onde cuidadoras estariam maltratando crianças, segundo as mães, que registraram Boletim de Ocorrência na PM  (Foto/Divulgação)

Creche Comunitária Frei Gabriel de Frazzanò, onde cuidadoras estariam maltratando crianças, segundo as mães, que registraram Boletim de Ocorrência na PM (Foto/Divulgação)

Polícia Civil vai investigar denúncias de que crianças de três anos teriam sido agredidas por cuidadoras da Creche Comunitária Frei Gabriel de Frazzanò, conveniada da Prefeitura de Uberaba, na rua Arraias, no Jardim Espírito Santo. O caso deve ser acompanhado pelo Conselho Tutelar e levado ao conhecimento do Ministério Público e Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Uberaba. A Polícia Militar foi chamada no local pelas mães das crianças supostamente agredidas e registrou o caso na segunda-feira (26).   

Após serem acionados por meio do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom/190), policiais militares foram até a creche e se depararam com algumas mães em frente do estabelecimento, querendo um contato com a direção, com o intuito de falarem sobre agressões físicas que estariam ocorrendo no interior da creche, cujas vítimas seriam crianças, e as autoras, suas respectivas cuidadoras, em especial, três mulheres.

Policiais militares entraram na creche e conversaram com a coordenadora pedagógica, de 72 anos. Ela disse que recentemente ocorreram mudanças de algumas “assessoras”, o que gerou descontentamento das crianças.

Ainda de acordo com a coordenadora pedagógica da creche, tudo não passa de uma fase de adaptação, e disse que estava ciente das reclamações dos pais e faria uma reunião com assessoras e os pais dos menores, cujo tema seria sobre as eventuais agressões na instituição.

Já as mães, que esperavam do lado de fora da creche, afirmaram que seus filhos, na faixa etária de três anos, reclamam de “gritos por parte das cuidadoras, tapas e puxões de cabelo, inclusive uma criança teria sofrido um pisão na cabeça porque não queria dormir”.

Ainda de acordo com as mães, os relatos das supostas agressões foram feitos pelas próprias crianças e confirmados por uma ex-funcionária, que teria pedido demissão na creche por discordar da metodologia aplicada para cuidar dos menores.

Questionado pelo Jornal da Manhã, o secretário de Comunicação, Marcos Ferreira, pontua que a creche é uma associação privada e autônoma e o vínculo que tem com a Prefeitura é por meio de parceria, firmada com a Secretaria de Educação em 2014. De acordo com o secretário, cabe à administração da creche estabelecer os critérios profissionais de contratação e a Prefeitura fica a cargo da avaliação e monitoramento do plano de trabalho apresentado por instituições semelhantes. Assim, não cabe à administração municipal o afastamento ou demissão de funcionários. Contudo, se constatada eventual irregularidade no desenvolvimento das atividades, a instituição está sujeita às penalidades previstas na legislação. Ainda segundo Marcos Ferreira, a Semed visitou a instituição na terça-feira para monitoramento e avaliação das denúncias apresentadas e aguarda a conclusão da investigação pelo órgão competente.

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