POLÍCIA

Golpe das panelas pode ter feito vítimas em Uberaba

Os supostos golpistas estavam em uma praça no bairro Estados Unidos próximo à entrada de um famoso supermercado; na demonstração de qualidade do produto, eles até jogavam as tampas de vidro no chão

Carlos Paiva
Publicado em 05/03/2018 às 09:45Atualizado em 16/12/2022 às 05:50
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Reprodução

Os vendedores afirmavam aos clientes que o jogo de panelas era importado e custava R$ 3 mil, que poderiam ser parcelados no cartão

Golpe que já fez várias vítimas em todo o País pode ter sido aplicado em Uberaba no fim de semana. O “Golpe das panelas” usa como fachada a venda de panelas supostamente importadas. Na verdade, o objetivo é a clonagem de cartões. Muitas pessoas que forneceram cartões, ainda não sabem, mas seus cartões bancários podem estar clonados. Essa modalidade já foi investigada por policiais civil de vários estados e alguns golpistas já chegaram a ser presos.

A reportagem do JM Online foi informada de que os supostos golpistas estavam em uma praça no bairro Estados Unidos e abordavam pessoas que pretendiam entrar ou estavam saindo de conhecido supermercado. Eles estavam em duas caminhonetes de cor prata e dispunham de várias máquinas de cartões bancários. À reportagem, que não se identificou no momento, um homem jovem e duas mulheres, sendo uma grávida, afirmaram ser de uma cidade do Sul.

Eles estavam próximo as caminhonetes e abordavam as pessoas oferecendo um jogo de panelas, supostamente alemãs e de boa qualidade. Os supostos golpistas até jogavam as tampas de vidro das panelas no chão para provar que as tampas não quebram. O valor do jogo de panelas: R$ 3mil parcelados no cartão em até 10 vezes sem juros. E, de brinde, o “cliente” ainda ganhava um belo jogo de facas e uma garrafa de vinho do Sul, como “recordação”.

Com o decorrer da “negociação”, os supostos golpistas chegaram a baixar o valor do jogo de panelas para R$ 1,4 mil. E mais: não precisava mais ser parcelado pelo cartão, porém precisava passar o cartão na máquina para que a empresa analisasse o cadastro. É aí que está o golpe. No momento em que o cartão é passado em uma máquina, também conhecida como “chupa cabra”, os dados do cartão são clonados e, posteriormente, utilizados na compra de mercadorias e até em saques.

Neste caso, a polícia não chegou a ser acionada devido às possíveis vítimas ainda não terem percebido a clonagem de seus cartões. Isso pode levar alguns dias. No momento em que a reportagem esteve no local, várias pessoas foram abordadas e forneceram seus cartões bancários. A recomendação da polícia é procurar imediatamente a administradora e pedir a substituição do cartão.

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