Servidora efetiva teria se aproveitado da posição de diretora de escola, localizada no Parque das Américas, para realizar depósitos na conta pessoal
Polícia Civil realizou operação nesta segunda para busca e apreensão de documentos e eletrônicos e bloqueio de bens da ex-diretora (Foto/Divulgação)
Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu, na manhã dessa segunda-feira (9), mandado de busca e apreensão contra ex-diretora de escola estadual, suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos públicos. A operação, coordenada pela 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ªDRPC/5ºDPC), em Uberaba, faz parte de inquérito que apura o possível desvio de, aproximadamente, R$465 mil dos cofres públicos.
A investigada, de 38 anos, é servidora pública estadual efetiva e teria, de acordo com a apuração, se utilizado do cargo de direção da escola – situada no bairro Parque das Américas – para transferir verbas públicas, de forma indevida, para sua própria conta bancária. Os desvios teriam ocorrido entre os anos de 2023 e 2024.
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A investigação foi iniciada após o registro de Boletim de Ocorrência este mês. O caso está sob a responsabilidade do delegado regional da 1ªDRPC, Armando Papacídero, com suporte do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), coordenado pelo delegado Eduardo Alves Garcia. Há indícios de que as práticas ilícitas eram sistemáticas e organizadas.
Durante a operação, foram apreendidos documentos fiscais, registros financeiros e empresariais, além de celulares e outros dispositivos eletrônicos. A ação foi realizada em imóvel residencial vinculado à ex-diretora e contou com a participação de quatro agentes da Polícia Civil.
O inquérito aponta indícios dos crimes de peculato (art. 312 do Código Penal) e lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998). A Polícia Civil chegou a solicitar a prisão preventiva da investigada, bem como o sequestro de bens até o valor de R$500 mil. No entanto, a Justiça optou por somente decretar o bloqueio de bens e a apreensão de documentos e eletrônicos.
Até o momento, uma testemunha foi ouvida. A investigação segue em curso e a Polícia Civil não descarta novos desdobramentos.