Dezenas de caminhões de entulhos foram despejadas e máquina empurrou parte para dentro da reserva ambiental, entre o condomínio Morada das Torres e Grande Horizonte
Tulio Micheli
Imagem de drone mostra a faixa de terra empurrada para dentro da área de preservação e os montes espalhados no final da rua
Descarte irregular de entulhos e intervenção inadequada em Área de Preservação Permanente (APP) entre os bairros Grande Horizonte e condomínio Recanto das Torres foram constatados pela reportagem do Jornal da Manhã nesta semana. Com a utilização de drone, foi possível observar grande quantidade de terra jogada para dentro da APP.
A denúncia de suposto crime ambiental chegou a ser divulgada em redes sociais por ambientalista. Prefeitura nega que tenha realizado algum tipo de intervenção no local e, por meio da assessoria de imprensa, afirma que realizará fiscalização.
A área fica no final da alameda Azul, no bairro Grande Horizonte, onde dezenas de caminhões de entulhos foram despejadas e, posteriormente, máquina pesada teria espalhado parte para dentro da reserva ambiental. A reportagem constatou que entre os resíduos havia pedações de massa asfáltica, sarjetas, meio-fio e restos de grama.
Por meio de postagem em página de rede social, o ambientalista Ricardo Urias de Souza acusa a Prefeitura. Diz ele em seu text “A agressão da Prefeitura Municipal às áreas protegidas não para. Terras e entulhos, fresas são depositados na área verde e APP do córrego da Saudade, localizada no final da alameda no bairro Grande Horizonte. Qual a intenção, com que propósito? Empurrar para dentro do córrego!”, diz a postagem.
O secretário de Serviços Urbanos do município, Antônio Sebastião de Oliveira, disse que a Prefeitura não tem conhecimento do ocorrido e classifica a ação de descarte irregular de resíduos sólidos. Ele diz que este é um dos maiores problemas atualmente na cidade e que estará pedindo reforço na fiscalização. Quanto à questão da APP no Grande Horizonte, o secretário afirmou que solicitou imediata fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente, no sentido de apurar os responsáveis pelo descarte. Antônio Sebastião também garantiu à reportagem que, em posse de autorização da Secretaria de Meio Ambiente, pretende retirar todo o material jogado na área.