O corpo, com cabelos e barba rala brancos, estava nu, sem nenhuma documentação e não apresentava sinais aparentes de violência
Sandro Neves
Cadáver estava em área verde do local onde está sendo implantado loteamento, próximo ao Jardim Espírito Santo
Perícia técnica da Polícia Civil constatou que o corpo em estado de mumificação (posterior ao de putrefação) encontrado em loteamento da rua Sepetiba, Residencial Petrópolis - proximidades do Jardim Espírito Santo -, é de um idoso.
O corpo, com cabelos e barba rala brancos, estava nu, sem nenhuma documentação e não apresentava sinais aparentes de violência. Foi um engenheiro responsável pelas obras de loteamento que, ao chegar ao local, sentiu forte cheiro e localizou o corpo no meio de matagal. Segundo registro da Polícia Militar, não foi possível verificar a causa da morte, que somente será possível após o exame do médico-legista.
A família de Eurípedes Papini, conhecido por Pepita, 81 anos, portador de Alzheimer, desaparecido desde o dia 18 de setembro deste ano, compareceu ao IML de Uberaba. No entanto, devido ao estado avançado de decomposição do corpo, não foi possível realizar o seu reconhecimento. Nenhum membro da família de Pepita chegou a ver o corpo.
Existe a suspeita de o corpo ser do senhor Pepita, segundo a delegada Mariana, que investiga o caso, pelo fato de ele representar o único desaparecimento de idoso registrado na polícia de Uberaba atualmente. Além disso, assim como o idoso desaparecido, foi constatado pela perícia que o cadáver tinha poucos dentes. Segundo a PM, de acordo com a perícia, havia ausência total de dentes na parte superior e ausência parcial na parte inferior, existindo apenas dentes na parte frontal.
Quando Pepita desapareceu, ele vestia camiseta com listras pretas e cinzas, bermuda preta e tênis pretos. “Pelo estado do corpo, não tinha como reconhecê-lo. Inicialmente, a perícia não constatou sinais de violência. Mas, precisamos aguardar os exames do médico-legista, sendo que este laudo ainda não está pronto”, declarou a delegada Mariana.
Com relação ao tempo em que o corpo leva para atingir o estado de mumificação, Mariana disse que o médico-legista apresenta uma suspeita. “Não é possível determinar este tempo. Isso depende de vários fatores; por exemplo, o clima estava muito seco”, comentou. Desta forma, para se ter a confirmação da identidade do corpo do idoso, somente após o exame de DNA, que acontecerá no Instituto de Antropologia de Belo Horizonte. Não há informações sobre o prazo de conclusão deste exame. Amostras de material genético de familiares do senhor Pepita seriam colhidos ainda ontem e encaminhados a Belo Horizonte.